Corregedoria da PM do Rio já estourou mais de 30 bingos clandestinos em 2022

Em Piedade, na Zona Norte, a mesma casa de jogos foi fechada três vezes. Dez cidades do Estado foram alvos das operações; em 2021 apenas oito bingos foram interditados

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Foto: Reprodução/PMERJ

Os bingos clandestinos estão na mira das operações policiais e só este ano, 2022, mais de 30 casas de jogos de azar foram fechadas. Na rua Frei Henrique, em Piedade, entre março e julho, a Polícia Militar estourou três vezes o mesmo bingo clandestino. Em março 124 máquinas caça-níqueis foram apreendidas e no início de junho, policiais penais da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) voltaram ao local, em busca de uma foragida da Justiça, e levaram 72 equipamentos de jogos e 27 apostadores para a delegacia. Quase dois meses depois, em 27 de julho, o bingo estava funcionando e novamente foi fechado.

As interdições da casa ilegal no bairro da Zona Norte do Rio é um exemplo da situação dos bingos no estado.

O Disque-Denúncia revelou que, entre março e agosto, a PM fez 31 operações de fechamento de estabelecimentos desse tipo, em 27 endereços diferentes de dez cidades do estado. Em 2021 apenas oito bingos foram fechados.  

Piedade e Brás de Pina, na Zona Norte, aparecem no topo das áreas mais visadas pelas ações da corregedoria. Mas há fechamentos em todas as regiões da cidade, como Sepetiba, Copacabana, Alto da Boa Vista e Madureira.

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As denúncias sobre bingos clandestinos feitas ao Disque-Denúncia, neste ano, já somam 311, o equivalente a 40% do total de informações enviadas ao serviço sobre jogos de azar.

De acordo com a PM, as ações para coibir práticas de jogo de azar e contravenções penais semelhantes são desencadeadas diante de flagrantes ou na verificação de informações que chegam por meio do Disque-Denúncia.

Em informações dos denunciantes há relatos da participação de policiais e agentes públicos nas quadrilhas que controlam os bingos, o que tem levado a corregedoria a participar da maioria dessas fiscalizações. Quando há indícios de envolvimento de policial direta ou indiretamente, a corporação dá início a ações para apurar a irregularidade, identificar o agente e desvendar o vínculo dele com a organização criminosa. Se essa participação for comprovada, o policial é submetido a um processo administrativo disciplinar que pode resultar na expulsão dele da instituição.

A Polícia Militar informou que, em 2022, investigações já concluídas identificaram a participação de agentes públicos. Alguns, inclusive, foram excluídos da instituição. A PM não divulgou, no entanto, quantos policiais são alvos de Inquéritos Policiais-Militares (IPMs) e quantos foram expulsos até hoje por acusações relacionadas a casas de jogos de azar.

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