A fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) emitiu um alerta sobre as condições críticas de uma ponte que conecta a Ilha do Caju à Ilha da Conceição, em Niterói. Segundo o relatório, a estrutura, localizada nas proximidades da Ponte Rio-Niterói, apresenta risco iminente de colapso. Esse cenário poderia gerar um grave acidente ambiental, especialmente devido ao intenso tráfego de caminhões pesados transportando combustíveis e a circulação de pequenas embarcações sob a ponte.
Problemas estruturais e negligência identificados
Fiscais do Crea-RJ inspecionaram o local no dia 13 de novembro e constataram diversos problemas, incluindo:
- Concreto e ferragem corroídos em vários pontos da ponte;
- Sinalização luminosa desativada, aumentando o risco de acidentes;
- Lacres de interdição rompidos em dois pontos, permitindo a passagem de pedestres, mesmo com o risco identificado.
A ponte, interditada parcialmente desde junho de 2021 pela Secretaria Municipal de Defesa Civil e Geotécnica de Niterói, continua recebendo tráfego intenso de veículos e pedestres, incluindo pescadores que utilizam a estrutura para acesso. À época, a passarela de pedestres foi interditada devido a problemas como piso comprometido e ausência de guarda-corpos, mas reparos estruturais mais amplos não foram realizados.
Crea-RJ cobra ações imediatas
O presidente do Crea-RJ, Miguel Fernández, defendeu que os órgãos responsáveis tomem medidas urgentes para evitar uma tragédia. “A queda desta ponte pode representar um risco ambiental muito grande para a Baía de Guanabara. É um caso gritante de negligência, que precisa ser resolvido imediatamente com a contratação de empresas e profissionais habilitados para a manutenção”, afirmou.
O gerente de fiscalização do Crea-RJ, Cosme Chiniara, enviou um ofício à Secretaria Municipal de Defesa Civil e Geotécnica de Niterói, solicitando informações sobre os responsáveis técnicos pela manutenção da ponte. Até o momento, nenhuma obra de reparo foi iniciada, conforme constatado pelos fiscais.
Impactos potenciais e riscos ambientais
A proximidade da ponte com a Baía de Guanabara amplifica os riscos de um colapso, especialmente devido ao transporte de combustíveis por caminhões pesados. Um eventual acidente poderia causar um vazamento de grandes proporções, resultando em danos severos ao ecossistema da região, que já sofre com a poluição.
Ações anteriores e comunicação às autoridades
Em junho de 2021, a Defesa Civil Municipal interditou parcialmente a ponte, alertando o Corpo de Bombeiros, a Delegacia de Polícia e a Defesa Civil Estadual sobre os riscos associados à estrutura. No entanto, desde então, não foram observados progressos significativos nas obras de manutenção.
Crea-RJ reforça compromisso com a segurança
“A missão do Crea-RJ é defender a sociedade, garantindo serviços de qualidade realizados por profissionais capacitados. Quando identificamos negligências em obras ou na manutenção de estruturas, nosso dever é atuar para prevenir riscos à população e ao meio ambiente”, enfatizou Miguel Fernández.
Medidas urgentes recomendadas
- Interdição total da ponte para tráfego de veículos e pedestres;
- Contratação de profissionais e empresas registradas para realizar os reparos;
- Monitoramento constante das condições da estrutura até que obras sejam concluídas;
- Comunicação transparente com a população sobre os riscos e o andamento das ações.
Realmente, tudo isso traz um risco enorme a todos os usuários da ponte Rio Niterói, mas há um risco ainda maior que o CREA deveria investigar e tentar chegar a uma explicação que dê garantia a população de que não houve uma manipulação, por interesses estranhos ou talvez políticos, visando acordos vantajosos para partes interessadas, diga-se de passagem governo e concessionária, de que, como pode uma ponte que foi calculada para fluir em seis faixas, ser alterada após alguns anos para oito faixas? Pois, como engenheiro, aprendi na faculdade que, quando se calcula o dimensionamento das peças da estrutura da ponte, vigas, pilares e leito, leva-se em conta a carga que irá atuar sobre essa estrutura, para isso, é simulado a carga distribuída nas pistas como um “Trem de carga”, ou seja, o peso da massa de veículos que rodarão ou estarão parados em filas, em cada faixa das pistas nos dois sentidos da ponte, ora, se o cálculo é feito para a estrutura suportar a carga de seis faixas, três em cada sentido, como pode ser alterada para oito faixas, isso corresponde a um aumento de carga de 33 % de carga sobre a ponte, que estaria sendo sustentada apenas pelos limites das margens de segurança que é adotado nas planilhas de dimensionamento das peças em estrutura em concreto armado, que normalmente trabalha na segurança em torno de 40 %, mas que deve-se ressaltar a garantia das condições normais de manutenção e preservação dos elementos estruturais que compõem a ponte. Sendo assim, cabe a todas as entidades, CREA, CONFEA, Defesa Civil e todas as entidades interessadas em proteger a população, a fazer uma análise minuciosa sobre como foi autorizado fazer esse acréscimo de 33% de carga sobre a Ponte Rio Niterói, sujeitando ao risco até os limites de segurança que é previsto apenas como fator de erros ou acidentes na elaboração dos cálculos. Considere esse texto como uma colaboração de um profissional que trabalha a 43 anos na Engenharia Civil neste estado do Rio de Janeiro e se tiverem a resposta que justifique essa alteração ou quiserem mais informações, entre em contato pelo tel. (21) 998362606 Ricardo Lemos.
Finalmente o CREA fazendo alguma coisa e trabalhando. Fazendo jus ao pagamento das anuidades.