Um dia após as comemorações de São Cosme e Damião, a CPI da Assembleia Legislativa do Rio recebeu denúncias da existência de uma campanha desencadeada por fanáticos religiosos contra a festa. Segundo o relator da CPI, deputado Átila Nunes (MDB), em alguns bairros do Rio de Janeiro, ocupantes de um carro abordaram crianças nas ruas tentando convencê-las a trocarem os saquinhos de doces com imagem dos Santos Cosme e Damião por saquinhos sem qualquer imagem.
“Um absurdo sem tamanho o que aconteceu. Isso precisa ser investigado. Essas pessoas alegam que ‘a idolatria é condenada por Deus e todos aqueles que as realizam atraem maldição para si e para os seus descendentes, já que influências malignas que ronda o fim do mês de setembro. Os grupos organizados de fanáticos percorrem as ruas dos subúrbios do Rio e se autodenominam ‘Combatentes da Idolatria’. Locomovem-se em automóveis abordando as crianças, dizendo-lhes que os doces que carregam continuarão ‘endemoniados’, caso os invólucros não sejam trocados. As testemunhas contaram que quase todos os carros têm afixados um símbolo com a palavra fé, envolta num escudo atravessado por uma espada”.
O deputado Átila Nunes salientou, ainda, que os grupos não usam de violência na abordagem, o que dificulta o registro na Polícia, mas o assédio despertou temor nas crianças, que acabaram cedendo e trocando os saquinhos de doces com imagens dos santos pelos outros.
“Esses preconceituosos ignoram o Evangelho de Mateus: “O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem”.
Na CPI, estamos atentos e apurando todos esses casos de intolerância religiosa no Estado. Precisamos de mais políticas públicas específicas para combater esse tipo de preconceito.
RJ, nunca foi preconceituoso, alias o Brasil não é… A liberdade religiosa já é direito constitucional não há necessidade de mais leis. Se é verdade o fato, trata-se de caso isolado e lamentável, pior é aliciar criança para o crime ou prostituição ou ainda para ideologias como de gênero, como tentam fazer nas escolas.
Devem ter sido algum grupo minoritário radical, chamado evanjegues.