Crise imposta pelo Coronavírus e home office fazem empresas repensarem custos com imóveis

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WeWork Almirante Barroso / Centro Rio - Foto: Reprodução Site WeWork

O período de recessão econômica pelo qual atravessa o Rio, provocado principalmente, pela pandemia do Coronavírus, que obrigou diversas empresas a adotarem o home office, também está fazendo as companhias reavaliarem seus modelos de negócio com o objetivo de reduzir custos para se adaptarem a este inédito cenário. Um dos pontos que estão dentro dessa fase de reformulação é a manutenção, ou não, dos imóveis ocupados com escritórios pelas instituições.

A avaliação dos agentes do mercado é que mesmo numa situação pós crise do coronavírus, o home office tende a ganhar espaço e cada vez mais adesão de empresas e trabalhadores. Com isso, a tendência para diversos segmentos é que os escritórios se transformem mais em espaços para reuniões, treinamentos e convívio, deixando de ser o local exclusivo para o expediente diário de trabalho.

Pesquisa divulgada em abril pela Kantar apontou que 23% dos brasileiros diziam estar fazendo home office. Outro levantamento recente divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) revelou que o trabalho remoto pode vir a atingir 22,7% das ocupações no Brasil, alcançando mais de 20 milhões de pessoas.

Entre as companhias instaladas no Rio que decidiram devolver áreas ocupadas para enxugar as contas está a americana de coworking, WeWork, que oferece espaços de trabalho compartilhados para outras empresas. O grupo anunciou recentemente o fechamento de duas unidades na Capital Fluminense, de Ipanema e de Botafogo, ambas na Zona Sul. Restando na cidade duas filiais na região central e outra na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.

De acordo com a empresa que está entre as líderes globais do ramo de escritórios compartilhados, o conglomerado está “constantemente avaliando suas operações e ativos em nível global, incluindo revisões periódicas em relação à qualidade e condições dos prédios em que possui operação, de forma a prestar o melhor nível de serviço aos seus membros e otimizar o seu portfólio imobiliário”.

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Ao DIÁRIO DO RIO, a WeWork afirmou que não existe a possibilidade de haver mais fechamentos de escritórios na cidade, e que a decisão não compromete os negócios da organização no Brasil, tido pela organização como um mercado importante e que segue seu plano de aberturas no país. Atualmente são 29 unidades em terras brasileiras.

A empresa informou que implementou uma série de medidas para evitar a proliferação da doença em todas as suas unidades desde o início da pandemia – desde rotinas de limpezas reforçadas à suspensão de eventos e uma rotina de trabalho remoto para todos os seus colaboradores desde o início de março

Esta é uma situação em rápida evolução e a empresa continuou a aderir à orientação dos governos locais, ao mesmo tempo em que buscou manter todas as suas unidades acessíveis às suas empresas membro, cujos negócios muitas vezes são considerados serviços essenciais de acordo com determinações das autoridades locais e dependem dos espaços para continuar operando,

A companhia desenvolveu um plano de retorno para o trabalho, com implementação prevista a medida que os governos iniciarem as ações de retomada das atividades econômicas.

Algumas das mudanças propostas pela WeWork incluem a diminuição da capacidade das salas de reuniões em 50%, a adição de álcool gel para uso de todos em áreas comuns da empresa e a implementação de “assentos intervalados”, que tem como intuito aumentar a distância de pessoa para pessoa em cerca de dois metros.

Não temos dúvida de que haverá mudanças permanentes na forma como empresas e profissionais se relacionam com os espaços de trabalho no mundo pós pandemia, mas enxergamos aqui um grande potencial para que possamos atender à demanda de grandes empresas (que já representam hoje mais da metade dos nossos clientes) nesse sentido – da mesma forma que já viemos funcionando para empresas que, mesmo antes do isolamento forçado, já possuíam políticas de trabalho mais flexíveis. Por exemplo, a empresas de tech e serviços, que no Brasil representam grande parte dos nossos membros – e que, muitas vezes, inclusive já ofereciam aos seus funcionários a opção de trabalhar em home office por alguns dias ou até a de utilizar mais de um escritório (estações de trabalho não fixas)”, conclui o comunicado da empresa



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