Crítica teatral: Ninguém dirá que é tarde demais

Peça traz de volta aos palcos Arlete Salles. O texto é do neto de Arlete, Pedro Medina. A direção é de Amir Haddad

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Um dos melhores ditados é “antes tarde do que nunca” ou “a melhor opção é estar vivo”. A sabedoria popular muito nos ensina sobre as melhores formas de viver. Conciliar, ter paciência, ir com calma pois o andor é de barro, mas vale um pássaro do que dois voando. São esses temas corriqueiros, que devem nos guiar, que fazem a matriz de Ninguém dirá que é tarde demais, que traz de volta aos palcos um esfuziante Arlete Salles que comemora 65 anos de carreira e 80 anos de ida

Os parceiros queridos de Arlete estão todos lá. O texto é do neto de Arlete, Pedro Medina, com quem também contracena na comédia. Além de Pedro, o filho de Arlete Alexandre Barbalho – e o amigo Edwin Luisi também estarão em cena. A direção é de Amir Haddad, outro grande companheiro de Arlete.

Gosto de fazer um teatro esclarecedor. O teatro tem a função de iluminar as pessoas. E digo para todos: ninguém dirá que é tarde demais para coisa alguma. Sempre é o momento de colocar em prática o desejo”, elucida, aos 84 anos, um dos diretores mais premiados e mais presentes na cena brasileira, Amir Haddad.

Dessa lógica, a comédia flui com a história contada em dois planos, apoiada no ótimo cenário de José Dias que José Dias, não poetiza as cenas, pois considera que “a palavra tem potência grande, permitindo ao público uma leitura objetiva com visual simples, funcional e teatral”.

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A trilha sonora de Lucio Mauro Filho, enteado, irmão e tio, consegue transmitir momentos de puro enlevo, pois também as músicas servem para separar as cenas, a passagem de tempo, pois os atores fazem um pequeno bailado. Um elemento de grande acerto para a empatia da peça. A luz de Aurélio Simoni e os figurinos de Carol Lobato ( que optou por apenas um traje para cada personagem, o que enfatiza as suas características) conseguem fazer com que  os diálogos se ressaltem, com a utilização mínima dos elementos cênicos.

Dessa teatralidade, a interpretação de Edwin e de Arlete, livre, leve e solta marca que mesmo em momentos difíceis pode-se mostrar que a superação, a fé, a importância do amor são capazes de construir um espetáculo que, após ao final, nos traz de volta à vida.

Direção – ***
Texto – ***
Cenário, figurino, iluminação -***
Atuação – ****

SERVIÇO:
NINGUÉM DIRÁ QUE É TARDE DEMAIS
Local: Teatro Riachuelo Rio
Endereço: Rua do Passeio, 40, Centro, Rio de Janeiro/RJ
Dia: 07 a 31 de outubro, de quinta a domingo.
Horário: quinta a sábado às 20h | domingo às 19h.
Ingressos: a partir de R$ 25 | Sympla (www.sympla.com.br
Classificação: 14 anos
Duração: 100 minutos.

Temporada online
Bradesco Seguros Com Você Sempre no YouTube
youtube.com/c/bradescoseguros/
Até 31 de outubro.

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Jornalista, publicitária, professora universitária de Comunicação, Doutora em Literatura, Bacharel em Direito, gestora cultural e de marcas. Mãe do João e do Chico, avó da Rosa e do Nuno. Com os olhos e os ouvidos sempre ligados no mundo e um nariz arrebitado que não abaixa por nada.
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