A frase que está no título desta futebolística crônica foi muito dita pouco antes e em 2014, durante a Copa do Mundo de futebol, que foi realizada no Brasil. Para se referir à situações ruins ou boas, a citação era repetida por todos os cantos. Falando em situações boas, me lembro do clima de festa que tomou o Rio de Janeiro durante a competição mundial.
Passado o período mais tenso de protestos em 2013, durante a Copa do Mundo de 2014 os nervos estavam mais calmos – embora tenha tido manifestações mais que justas. A atmosfera de futebol e curtição fez todo mundo flutuar de alegria. É o bom, velho e, às vezes necessário ópio do povo. Nem só de lutas e dores precisam viver os pobres homens.
Essa final da Libertadores entre Flamengo e River Plate está lembrando um pouco o clima de 2014. Vasta e ufanista cobertura da imprensa, pessoas marcando de ver o jogo juntas, mobilização geral. Admito que estou curtindo o clima. Óbvio que como bom tricolor e secador, eu vou torcer pelo River, mas fico feliz com a animação prévia dos flamenguistas.
Vou assistir o jogo em um churrasco com eles, os flamenguistas. Em caso de derrota, posso ajudar os amigos a superar. Sei bem como é perder final de Libertadores, vivi isso com o Fluminense, no Maracanã, em 2008. Nada que umas cervejas e umas lágrimas não resolvam. “Tudo passa, tudo passará…”.
E vale lembrar que ano que vem a final da Copa Libertadores será no Maracanã. Sou contra final em jogo único, não temos que imitar tudo da Europa (as coisas boas, como alto nível do Campeonato Inglês e calendários mais organizados, nós não estamos nem perto de imitar), contudo, vai ser bacana ter, mais uma vez, esse clima de futebol e festa aqui no Rio de Janeiro. Já dá para repetir pensando em 2020: “imagina na Copa… Libertadores”.