CSN é multada por montanha de escória que ameaça abastecimento do Rio de Janeiro

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Em janeiro deste ano, o Diário do Rio publicou uma matéria mostrando que seis barragens do estado estão em risco. Além disso, na mesma reportagem, destacamos que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) despeja cerca de 100 caminhões, diariamente, de resíduo siderúrgico (escória), ao lado do Rio Paraíba do Sul, que abastece a capital fluminense e boa parte da região metropolitana. Por conta desse problema, a Companhia pagará uma multa diária de R$ 20 mil, estabelecida pela Justiça Federal.

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O valor terá de ser pago enquanto a montanha de escória depositada a poucos metros do Rio Paraíba do Sul não for reduzida. A decisão é do juiz Bruno Otero Nery, da 3ª Vara Federal de Volta Redonda, que frisou o não cumprimento do prazo de 120 dias úteis estabelecido em agosto do ano passado.

Em Julho de 2018, o movimento Baía Viva protocolou Representação junto aos Ministérios Público Federal e Estadual denunciando e pedindo providências em caráter de urgência. Atualmente, o depósito da CSN tem mais de 30 metros de altura.

“O maior risco de desastre ambiental no estado do Rio de Janeiro, é a montanha de lixo químico (escória de aciaria) da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) depositada ilegalmente às margens do Rio Paraíba do Sul que ameaça o abastecimento de água de 80% da população fluminense: já no ano passado, alertávamos ao MPF e ao MP Estadual (GAEMA) que, caso ocorra uma forte tromba d’água ou o desabamento / desmoronamento desta enorme montanha de lixo industrial há um elevadíssimo risco de suspensão por tempo indeterminado do abastecimento publico de dezenas de cidades do Vale do Paraíba, da Baixada Fluminense e da Capital (Rio de Janeiro), cujo prejuízo socioeconômico e o impacto ambiental são incalculáveis! O valor da multa de R$ 20 mil por dia é irrisório e estimula a impunidade, já que trata-se de uma poderosa corporação empresarial com histórico de décadas de contaminação por metais pesados deste manancial estratégico e da saúde da população de Volta Redonda e de seus operários”, afirma Sérgio Ricardo Verde, membro fundador do Baía Viva, e autor da Representação.

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Na próxima segunda segunda-feira (01/04), o Baía Viva apresentará Recurso Judicial à 3a. Vara Federal de Justiça com pedido de embargo temporário da produção da siderúrgica, com a obrigatoriedade de preservação dos empregos e do pagamento do salários dos seus operários e dos impostos ao município, até que cesse em definitivo esta fonte de poluição.

Há meses, a CSN já emitiu nota afirmando que o material armazenado “não é perigoso, conforme classificação da ABNT, não representando qualquer risco ao meio ambiente ou a saúde”.

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