Dani Monteiro: Porque é carnaval

'Vamos falar de coisas alegres, então, da euforia possível nesses dias de feriados prolongados. O tema que eu escolhi é carnaval, mais precisamente os artistas que enchem de vida os nossos olhos quando dançam: passistas de escolas de samba'

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Imagem apenas ilustrativa | Foto: Divulgação/Riotur

Vou puxar uma conversa alegre, pois essa quarta-feira que não é de cinzas merece nesse carnaval que não é de época, merece. Ou somos nós que merecemos uma trégua de tanta aflição que nos dá essa realidade insistentemente sombria.

Vamos falar de coisas alegres, então, da euforia possível nesses dias de feriados prolongados. O tema que eu escolhi é carnaval, mais precisamente os artistas que enchem de vida os nossos olhos quando dançam: passistas de escolas de samba. Pois bem, esses seres animados que compõem alas em que exibem toda a habilidade e samba-no-pé que possuem podem se tornar Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro.

Essa notícia, eu espero que anime a quem está já em blocos pela cidade adentro, à espera dos desfiles na Sapucaí, ou mesmo fazendo qualquer outra coisa porque carnaval, bem, carnaval não é mesmo delícia para todo mundo. Espero que todos passem bem por esses dias tão ansiados pra tanta gente, ainda que seja só pelo merecido descanso que a folga dá.

O samba-no-pé é parte da nossa identidade e não é de hoje, sua história começou ali pelo final do século XIX, primeiro com os batuques, umbigadas, jongo e lundu; em seguida com as primeiras escolas de samba, os desfiles e competições iniciados na década de 1930. A personagem passista, segundo o historiador Luiz Antonio Simas, nasceu aí. Mas o termo, em si, só apareceu mais fortemente cerca de três décadas depois. Para nossa alegria, resistem.

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O projeto de lei Nº 4859/2021, que trata dessa singela e justa homenagem aos nossos passistas seguiu para o governador sancionar ou vetar. Torço para que o excelentíssimo tenha juízo e não mexa com assunto tão sério. É de samba-no-pé que estou falando, que fique claro o gracejo que não amplio às outras instâncias, como a fome e chacinas que nos matam, principalmente os pretos e pobres, mas, como eu já avisei, o tema aqui é outro. A dura realidade fica para outra oportunidade.

Por hoje, o que desejo é sorte, alegria e muita paz no corpo inteiro a todos.

Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.

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