Ela já chegou! Nesse sábado, a diva pop Lady Gaga vai transformar a Praia de Copacabana numa verdadeira pista de dança com um megashow gratuito. Quem não está empolgado, não é mesmo? Afinal, a expectativa é de que 1,6 milhão de pessoas lotem a orla para cantar o Mayhem Ball com looks maravilhosos. Mas esse evento não é só um espetáculo cultural: é também uma força motora poderosa para a economia do Rio. Segundo estimativas municipais, o show da Mother Monster deve injetar nada menos que R$ 600 milhões na cidade.
Foi pensando nisso que protocolei na Alerj um projeto de lei que institui a Tarifa Zero no transporte público em dias de megashows e grandes eventos culturais. A proposta tem um objetivo simples e fundamental: garantir que todo mundo possa aproveitar esses momentos históricos sem ser barrado pelo custo da passagem, que só aumenta. Afinal, o direito à cidade e à cultura não pode ser privilégio de quem tem dinheiro para pagar o transporte por aplicativo na volta de Copacabana. E estamos com parceiros incríveis nessa luta, os movimentos Tarifa Zero, NARRA, Casa Fluminense e Meu Rio.
Mas devo alertar: o projeto ainda precisa avançar na Alerj. Não dá tempo de garantir a tarifa zero para o show da Gaga, mas a ideia é conseguirmos essa conquista para os próximos fenômenos da música que podem desembarcar por aqui. Já se fala em U2, Adele e até Beyoncé como próximas atrações internacionais na nossa orla. Isso sem contar com o Carnaval e o Réveillon, nossas joias anuais. E se os eventos movimentam centenas de milhões e multiplicam a arrecadação de ISS, por que não investir parte disso para garantir acesso para todo mundo? Não é custo! É ser verdadeiramente democrático.
Veja só o caso do show de outra diva Madonna, por exemplo, a arrecadação aumentou 13,8%, com destaque para turismo, hotelaria e alimentação. A exposição midiática gerada pela presença da rainha do pop no Rio foi avaliada em R$ 280 milhões — e com a Gaga, a previsão é ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão! Esses números provam que é perfeitamente possível financiar a Tarifa Zero sem desequilibrar os cofres do estado.
Assim como a Lady Gaga, o Rio está sob os holofotes do mundo. Democratizar o acesso à cultura, ao transporte e à cidade é o mínimo que podemos fazer em um estado que precisa ser mais justo com sua população. Apoie a tarifa zero, é seu direito!
Falta do que fazer, somente ideias lacradoras pra gerar engajamento. Dá pena em quem votou.
Querida Dani. Eu concordo com tarifa zero, mas ainda não somos Suiça.
Não seria mais adequado direcionar estes milhões para quem realmente precisa? Que tal isentar somente quem faz parte de programas sociais?
Já não basta termos os impostos sobre consumo e sobre renda totalmente perniciosos que cobram muito mais dos pobres do que dos ricos? Tente mudar isso, seria muito melhor para a cidade e o pais.
Entregar mais dinheiro público para quem não precisa me parece uma péssima ideia.