Daniel Silveira diz que é o candidato bolsonarista que defende as pautas conservadoras

Em entrevista ao Diário do Rio, Daniel Silveira diz que é o candidato bolsonarista que defende as pautas conservadoras, no Rio de Janeiro

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Nesta terça-feira, o Diário do Rio deu início a uma série de entrevistas com os candidatos ao Senado Federal pelo Rio de Janeiro. A primeira entrevista foi com o deputado federal Daniel Silveira (PTB), um dos políticos mais polêmicos e rebeldes da atualidade. De blusa preta com uma arma apontada para frente e uma bandeira do Brasil ao fundo, Daniel falou sobre os seus projetos para o Rio de Janeiro, arbitrariedades do STF, sobre porque é o único candidato bolsonarista na disputa pelo Senado, entre outros assuntos. A entrevista foi realizada pelo presidente do Diário do Rio, Cláudio Castro; e pelo fundador e diretor-executivo do veículo, Quintino Gomes Freire.

Sobre a sua atribulada relação com o Supremo Tribunal Federal (STF), Daniel Silveira declarou que foram ditas verdades que doeram em alguém que, segundo ele, “não respeita a lei e na canetada deu decisões inconstitucionais.” Porém, as medidas tomadas por tal autoridade foram ignoradas por outros poderes. Como exemplo de arbitrariedade do STF, Silveira citou a operação da Policia Federal ocorrida, nesta terça-feira, contra um grupo de empresários que supostamente teriam feito menções “golpistas” em conversas de grupo do Whatsapp. Para o deputado federal, o operação policial teria cunho político, uma vez que não há crime tipificado nas declarações e conversas entre os participantes do grupo.

Na entrevista, Daniel Silveira disse que a sua prisão foi a “abertura” de uma série de perseguições que passaram a ser feitas desde que o governo Bolsonaro chegou ao poder. Para ele: “O Brasil é um déjà vu venezuelano”, diante das arbitrariedades de um poder (STF) que ultrapassaria todas as suas atribuições, assim como a PF que em seu seio teria uma ala “aparelhada” por Alexandre de Moraes, que ultrapassaria também as suas atribuições, como o próprio ministro. Silveira qualificou como “vergonhoso” o que aconteceu nesta terça-feira, no Brasil.

Indagado sobre os seus planos como senador para o Rio de Janeiro, diante de uma série de governos e políticos que negligenciaram o Estado em suas legislaturas, Daniel Silveira focou na necessidade do desenvolvimento do Rio, citando o Norte Fluminense quanto à arrecadação dos royaties do petróleo, que registrou um acréscimo de mais de 60%, na comparação entre 2020 e 2019. Daniel, no entanto, destacou que a discussão ideológica atual é necessária para que o mandatários de estados e municípios saibam como aplicar os recursos arrecadados e não hajam como alguns governos latino-americanos que drenam os recursos públicos em prol de um projeto de poder. Ainda sobre o Rio de Janeiro, Silveira destacou que somente, no atual governo, o Estado conseguiu ter uma boa arrecadação, fechando as suas contas em dia, apesar da malversação de governos anteriores. Caso eleito, Daniel Silveira destacou que desempenhará um papel de interlocutor entre o governo federal, o governo estadual e o empresariado para atender às demandas prementes de incentivo ao desenvolvimento. Ele destacou ainda que a segurança pública será a sua principal pauta como senador, uma vez que ela impacta diretamente no desenvolvimento das atividades socioeconômicas fluminenses.

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Perguntado sobre como irá se posicionar diante do eleitorado bolsonarista, já que o senador Romário (PL) e a deputada federal, Clarissa Garotinho (PROS), também se dizem bolsonaristas, Silveira afirmou que a sua vida política teve início em um ambiente bolsonarista e em companhias bolsonaristas, ao contrário de Romário, por exemplo. Ele ainda indagou se o presidente Jair Bolsonaro teria concedido graça constitucional a Romário, caso ele tivesse sido alvo de arbitrariedades, como Daniel. Segundo o deputado federal Jair Bolsonaro teria “clara simpatia” pela sua candidatura. Ao contrário de Romário que não teria identificação inicial com as pautas bolsonaristas. “Eu não tenho que convencer ninguém. Eu sou, sim, um candidato que defende as pautas principais do conservadorismo”, finalizou.  

As pesquisas de opinião, que apontam Romário na frente pela disputado ao Senado, e Clarissa Garotinho e Silveira em empate técnico, são vistas com desconfiança por Daniel, que acredita mais no corpo a corpo, na voz das ruas do que em pesquisas do opinião. Para ele, as barreiras aparentemente apresentadas serão ultrapassadas durante a campanha, pois, ao contrário de Romário, ele não é um bolsonarista de última hora. “As ruas dizem tudo, e as pesquisas não dizem nada”, disse Silveira.

Durante a entrevista, o deputado federal explicou porque escolheu 142 (Que fala sobre o papel das Forças Armadas no Brasil) como número de campanha, segundo ele, tal escolha é uma menção à Constituição Federal, bem como à sua prisão inconstitucional perpetrada pelo STF, sendo que o seu jargão é “Intervenção através do Senado”.

Diante da vocação turística inegável do Rio de Janeiro que não é incentivada, Daniel Silveira afirmou ser esse um ponto fundamental do seu mandato. Ele destacou ainda que a capital fluminense, apesar de ser uma cidade internacionalmente conhecida por sua beleza e hospitalidade, sofre com afluxos de recursos desiguais que privilegiam algumas áreas em detrimento de outras. Daniel criticou ainda a decisão judicial que embargou a construção de um resort, em Maricá – empreendimento que geraria empregos e desenvolvimento regional – em razão de uma denúncia infundada.

Perguntado se teria se arrependido de ter quebrado a placa em homenagem à Marielle Franco (PSOL) (Vereadora assassinada junto com o seu motorista Anderson Gomes) na frente de populares durante a campanha de 2018, Silveira disse que, na verdade, ele apenas teria retirado a placa que estaria encobrindo a identificação da Praça Floriano Peixoto (Centro do Rio), esclareceu.

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3 COMENTÁRIOS

  1. O povo carioca merece os políticos que tem. O que o Romário fez de útil pelo Rio de Janeiro? Até o ex-bisprefeito “múmia paralítica”, como senador, foi mais atuante que o “peixe”.

  2. B A N D I D O

    O Diário do Rio não deveria dar palco pra bandido fazer show. Quem vai ser o próximo entrevistado? Gabriel Monteiro? Witzel? Garotinho? Cunha?

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