De Nabucodonosor, o babilônio, à Nigéria do século XXI

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Sudeste da Nigéria. ESTADO DE ENUGO. Interior da Sinagoga pertencente à família Umekwena.

O que poderia ligar Nabucodonosor de 2.600 anos passados com a Nigéria de hoje?
A resposta, desconhecida de quase a totalidade da população mundial, você vai conhecer agora: OS JUDEUS!

Os babilônios comandados por Nabucodonosor destruíram o templo de Salomão e com isso, milhares de hebreus deixaram a Terra Santa, a pé, no 6º século da Era Comum, ou seja, 600 anos antes do dito episódio de Jesus, tendo caminhado por dezenas de anos, em direção ao sul.

Chegaram, então, à África subsaariana através do Egito, do Sudão e do Marrocos.
Outros episódios de guerras e massacres, tais quais a conquista de Jerusalém, primeiro pelos gregos de Alexandre, o Grande e depois pelo Império Romano, também forçaram grandes migrações de judeus para diversas áreas do Continente Africano.

Na região hoje conhecida como Nigéria, os hebreus foram acolhidos e com o tempo receberam a nomenclatura de Igbo.

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Os Igbo vem a ser uma das três etnias, juntamente com os YORUBÁ e os HUCÉ, que majoritariamente compõem a sociedade nigeriana.

Assimilados à cultura e à religião locais, foram se estabelecendo no sul, no sudeste e no sudoeste do território que deu origem à Nigéria atual e foram adquirindo novos hábitos, tradições e religiosidade, ainda que conservada na religião Odinani, sincretismo local com fortíssimas pitadas de judaísmo.

Algumas das tradições judaicas que os Igbo mantém até hoje são a circuncisão de todos os filhos homens, o cuidado com os mais idosos, o descanso da terra por um ano após o plantio de 6 anos e a doação de 10% do produto das plantações que realizam, para os pobres.

Os Igbo foram convertidos ao cristianismo por missionários ingleses, desde o século XVII.

Há 60 anos, um deles, sem conforto no cristianismo, buscou a leitura da Torá que vem a ser a Bíblia e ali encontrou as razões dos hábitos da gente à qual pertencia.
Passou a estudar o judaísmo, encontrou as origens da família e passou a entender de onde, e por que, tinham vindo para chegar até esta região da África.

De lá até hoje, dos 30 milhões de Igbo, quase 5 mil já estão de volta ao judaísmo.
Hoje existe na Nigéria, uma progressão geométrica, uma onda, posso dizer, de busca e retorno dos Igbo ao judaísmo.

Muitas sinagogas estão sendo construídas e a internet vem servindo de base para os estudos e adequações religiosas daqueles que retornam. Músicas, rezas, cânticos e hábitos atuais judaicos estão sendo introduzidos no país, de uma forma pacífica e galopante.

Os 21 dias que passei com os Igbo me deram a certeza de que os judeus originais são negros e que nós, descendentes de judeus europeus, somos uma boa mistura de hebreus orientais com caucasianos convertidos ao judaísmo.

É fundamental lembrar que todas as histórias são sempre escritas por quem tem poder.

Os IGBO, ainda que muito pouca gente saiba, perderam muitos de seus filhos para os escravagistas que os trouxeram para construir o Brasil na condição de escravos.
O assunto é vasto. O que já contei mostra que judeus não são o que a maioria das pessoas imagina.

Somos um grupo humano formado por gente de todas as cores de pele, de todas as culturas e de todos os hábitos.

Conservamos sempre a nossa fé no Deus único de nossos antepassados e respeitamos a diversidade.

Na Nigéria, os judeus são, assim como no Brasil, livres para professarem a religião dos antepassados.

Quem for à Nigéria em 20 anos vai esbarrar nas ruas do sul, do sudeste e do sudoeste daquele país, certamente, com milhões de judeus que encontraram o caminho da volta à Torá, perdido nos últimos 2.600 anos. Hitler não sabia o que afirmava.

Na verdade, o pai do nazismo, foi também, o rei dos imbecis!

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3 COMENTÁRIOS

  1. SINCERAMENTE?

    IMPOSSÍVEL VAI SER FAZER OS ” JUDEUS ” EUROPEUS, CAUCASIANOS ( BRANCOS ) ACEITAREM A REAL HISTÓRIA DE SUAS ORIGENS./
    EM ISRAEL EXISTE COLONIA DE JUDEUS ETIOPIANOS QUE ” SOBREVIVEM ” COMPLETAMENTE ISOLADOS DA SOCIEDADE ” BRANCA JUDIA. “

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