Defensoria Pública exige solução para crise de abastecimento de água no Rio

Ação judicial contra a Águas do Rio pede multa diária de R$ 100 mil e medidas para garantir o fornecimento de água à população.

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Foto: Divulgação

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) entrou com uma Ação Cível Pública contra a concessionária Águas do Rio, nesta sexta-feira (6), devido à crise de desabastecimento que atinge diversas regiões do estado. A ação exige medidas urgentes para garantir o fornecimento de água à população, que sofre com a falta de água há mais de uma semana.

A crise teve início em 26 de novembro, após uma manutenção programada da CEDAE no Sistema Guandu. Apesar da CEDAE ter normalizado o sistema em 28 de novembro, a Águas do Rio não cumpriu o prazo de 72 horas para regularizar o abastecimento em diversas áreas.

Consulta pública revela gravidade da crise:

Uma consulta pública realizada pela DPRJ recebeu 438 reclamações de consumidores, revelando a gravidade do problema. Bairros da capital, como Botafogo, Flamengo, Tijuca e Méier, e municípios da Baixada Fluminense, como Nova Iguaçu, Duque de Caxias e São Gonçalo, seguem com o abastecimento comprometido.

Aumento abusivo de preços:

A situação se agrava com o aumento abusivo dos preços de água mineral e caminhões-pipa, deixando a população em situação de desespero.

Medidas exigidas pela Defensoria:

A ação judicial pede a imposição de multa diária de R$ 100 mil à Águas do Rio, caso a empresa não regularize o abastecimento de água. A Defensoria exige também a disponibilização de caminhões-pipa para atender a população, além do ressarcimento de danos materiais e morais.

“Apesar do diálogo com a empresa, a falta de soluções concretas e definitivas levou a Defensoria a ajuizar a ação. Agora, estamos abrindo mais uma possibilidade de composição, mas de forma judicial, e esperamos uma resposta definitiva da Águas do Rio para resolver a questão”, afirmou a defensora pública Karine Terra, subcoordenadora do Nudecon.

Expectativa de acordo:

A Defensoria Pública espera que a Justiça determine a retomada imediata do abastecimento de água e que a concessionária seja responsabilizada pelos prejuízos causados à população. “Esperamos, nesta segunda-feira, um acordo para resolver a situação atual e prevenir novos problemas seja alcançado pelas partes durante a audiência judicial”, disse Eduardo Chow, coordenador do Nudecon.

A DPRJ também solicitou que a Águas do Rio conceda descontos nas contas de água dos consumidores afetados e que sejam pagas indenizações por danos materiais e morais.

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1 COMENTÁRIO

  1. Tem que aplicar multas severas a essas distribuidoras. Só assim vão entender que vale a pena contratar pessoal especializado pra trabalhar. Um absurdo essa situação.

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