A defesa do governador afastado do Rio, Wilson Witzel (PSC), pediu a suspensão da ação em que ele é acusado de corrupção. O motivo é que, segundo os advogados, o trecho em vídeo da delação premiada de Edmar Santos, ex-secretário de Saúde, que incrimina Witzel desapareceu. A ação corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O trecho de duração de 24 minutos que teria sumido é justamente aquele em que o ex-secretário teria descrito o que chamam de suposto caixa único da propina. A defesa alega que o processo só pode continuar quando o trecho reaparecer. O pedido de suspensão do processo foi feito na última quinta-feira (21/01).
A defesa do governador afastado afirma que o trecho é “absolutamente central” e que não há outras provas da ligação de Witzel com a organização criminosa.
“Trata-se de trecho importante do depoimento no que se refere à imputação contra o governador, porquanto traz relato que convenientemente o incrimina, mas que, não se sabe por que, foi apresentado somente por escrito, com inexplicável supressão do vídeo a ele correspondente”, escreveram os advogados.
A Procuradoria Geral da República informou ao portal de notícias G1 que o processo foi encaminhado à PGR, mas que ainda não chegou e que o caso vai ser analisado e a manifestação apresentada nos autos.
No Twitter, o governador afastado publicou que a verdade precisa ser reestabelecida. “Fui afastado do meu mandato, após ser eleito com mais de 4,6 milhões de votos, com base em uma delação ilícita”, completou Witzel.