Delegada Adriana Belém exibia proximidade com investigados por jogos de azar nas redes sociais

Em mensagens encontradas nas redes sociais, Adriana ostenta a amizade com Marcelo Mesqueu, condenado pela justiça em 2016 por exploração de caça-níqueis em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense; o Ministério Público afirma que o comportamento dela viola o Estatuto do Policial Civil

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Foto: Redes Sociais

A delegada Adriana Belém, presa por envolvimento com jogos ilegais e flagrada com quase R$ 2 milhões em sacolas de sapato de luxo, não escondia nas redes sociais sua proximidade com personagens investigados da contravenção. A exibição não passou despercebida pelos promotores da Operação Calígula, que anexaram fotos da policial ao lado de contraventores na denúncia, inclusive em datas festivas.

Para o Ministério Público, Adriana “ostenta incomum e injustificável proximidade com diversos protagonistas do crime organizado fluminense, inclusive em patente violação ao Estatuto do Policial Civil, em especial aqueles que lideram a exploração ilegal de jogos de azar mediante a imposição de domínio territorial, exercido com o emprego de estratégias violentas e ardis, como a instalação de volumosos esquemas corruptivos”, diz trecho do documento, antes de destacar uma lista de eventos e fotos da delegada com contraventores.

Um dos eventos destacado na denúncia é uma festa particular de Lilian Maia, irmã de João Carlos Martins Maia, o Joãozinho King, que segundo os promotores “é um notório contraventor fluminense”. Outro evento foi a Feijoada do King, a qual é organizada pelo próprio Joãozinho.

Vale ressaltar que durante os dias de folia na Sapucaí, a delegada assistiu aos desfiles no Camarote do King, também do mesmo empresário, sendo recepcionada na entrada por Joãozinho.

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Alguns registros justificam o espanto dos investigadores: são declarações de afeto para Marcelo Mesqueu, o Marcelinho Cupim, em redes sociais abertas. Cupim é citado no relatório da Operação Black Ops, da Polícia Federal, de 2011, como responsável por arrendar parte da área pertencente a José Caruzzo Escafura, o Piruinha. Apesar de não ser indiciado ao final da investigação, Cupim foi condenado, em 2016, a quatro anos e meio de reclusão pela Justiça Federal. O crime foi a exploração de caça-níqueis em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense.

Em diálogos nas redes socais Adriana escrevia mensagens intimas aos envolvidos na investigação. Uma dessas mensagens a delegada parabeniza o bicheiro Cupim: “Feliz aniversário, amigo querido. Já somos amigos há tantos anos que já perdi as contas mas nunca o desejo de que você tenha muita saúde, muitas felicidades, muitas conquistas…Que Deus te abençoe e que essa data se repita por muitos e muitos anos…lov uuuu (sic)”.

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Foto: Reprodução/Redes sociais

A delegada está em prisão preventiva. Ela é acusada de liberar máquinas caça-níqueis que pertenceriam a Rogério Andrade, após provável pagamento de propina. Além disso, foi indiciada por lavagem de capitais devido ao dinheiro encontrado em seu apartamento.

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