Desde 2017, os casos de estupro registrados subiram por volta de 5% todos os anos no Rio de Janeiro. Em contraste, em 2020 esse número caiu -14%. É o que mostram dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), analisados pelo Instituto Rio21.
Em 2020, foram feitas 1481 denúncias. Dentre essas, 806 foram registradas em delegacias da Zona Oeste, o equivalente a 54% do total. Já a Zona Norte, foi a segunda região com maior número de registros, somando 536 casos. Em comparação, a Zona Sul e Centro receberam apenas 81 e 58 denúncias, respectivamente, acumulando menos de 10% dos casos.
Desde 2014, a Zona Oeste recebe pelo menos 49% dos casos registrados. A Zona Norte todos os anos manteve a posição de segunda região com mais denúncias. Já a Zona Sul e Centro mantiveram porcentagens baixas, competindo pelo último lugar. Juntas, nunca acumularam mais de 13% dos casos.
A delegacia que mais recebeu denúncias de estupro foi a 35ª, de Campo Grande, localizada na Zona Oeste da capital. Dentre as 10 delegacias com mais casos registrados, 3 se encontram na Zona Norte e 7 na Zona Oeste. Nenhuma delegacia da Zona Sul ou do Centro entrou no ranking.
“Historicamente, a subnotificação dos casos de estupro já é considerável. Agora, com as políticas de isolamento social, esse problema foi intensificado. Como a maioria das vítimas convive com seus agressores, realizar denúncias se tornou mais difícil. É essencial que o poder público encontre alternativas e não permita que o pequeno progresso feito nos últimos 3 anos seja perdido”, diz assistente de pesquisa do Instituto Rio21, Carolina Carvalho.
Os números nunca dão reais.
Existe uma cifra negra da criminalidade…
Pergunte aos estudiosos, não a esses coxinhas da segurança pública…