O DIÁRIO DO RIO já chamou atenção para os prováveis crimes de improbidade administrativa que a gestão do bispo Marcelo Crivella vem cometendo, especialmente em sua cruzada contra o Grupo Globo. O que já gerou uma ação popular, tendo como réu o subsecretário de Comunicação, Daniel Pereira. Inclusive, o DIÁRIO DO RIO já fez um editorial analisando as falhas da comunicação da atual prefeitura do Rio.
Agora é a vez do deputado federal Pedro Paulo (DEM-RJ), que foi candidato a prefeito do Rio em 2016, que solicitou a abertura de inquérito criminal, civil e de investigação judicial eleitoral (propaganda eleitoral antecipada) contra Crivella, por estar utilizando os canais oficiais de comunicação da Prefeitura do Rio – Portal da Prefeitura e redes sociais – para fins particulares e fazer campanha eleitoral antecipada.
“O prefeito Marcelo Crivella tem usado, sistematicamente, os canais oficiais de comunicação da prefeitura para fazer acusações irresponsáveis e levianas contra um adversário político, durante o exercício das funções públicas, o que caracteriza campanha eleitoral antecipada. Essa prática é vedada conforme o artigo 37 da Constituição Federal, que impede a utilização dos canais oficiais de comunicação para fins particulares e para prática de atos de perseguição política. Além de ser proibido utilizar o site e as redes sociais de um órgão público para isso, ainda estão reproduzindo reportagens do Grupo Record, que pertence à família do prefeito”, explica Pedro Paulo.
No ofício, Pedro Paulo usa como provas a sequência de matérias no site e Facebook da Prefeitura do Rio atacando a gestão de Eduardo Paes com a Fundação Roberto Marinho. Incluindo print screen de matérias do site da Record compartilhados no Facebook da Prefeitura.
Também foi anexado o vídeo abaixo, quando Crivella no anúncio da construção de uma clínica da família na comunidade Rollas II, em Santa Cruz, criticou as Organizações Globo e Eduardo Paes pelo contrato. E ainda diz que teria sido tirado investimentos nas favelas da Providência e do Pinto para a construção do Museu do Amanhã.
Os ofícios requerendo a abertura dos inquéritos foram enviados anteontem pelo deputado para o procurador-geral do Ministério Público do Rio de Janeiro, José Eduardo Ciotola Gussen; para o procurador Regional Eleitoral, Sidney Pessoa Madruga da Silva; e para o promotor André Luís Cardoso, do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC).