Com dois únicos votos contrários dos deputados Alexandre Freitas e Chicão Bulhões, do Novo, foi aprovado hoje na Alerj mais uma lei que vai doer no bolso de empreendedores e consumidores do Rio. Um projeto nº 502-A/2015, do deputado Rosenverg Reis (MDB), obrigará todos os estacionamentos de veículos no âmbito do estado do Rio de Janeiro a contratarem empregados para o serviço de cobrança na mesma quantidade de máquinas automáticas instaladas no local.
O placar de 40×2 foi exibido nos painéis de votação depois de pedido de verificação de voto por Alexandre Freitas, mostrando a preferência da maioria dos parlamentares da Casa, que se revezaram na defesa da geração de emprego prevista com a nova lei. Na discussão do projeto, Freitas protagonizou um debate com Reis a modernização dos meios de trabalho contra a
“Como todos aqui estão carecas de saber, o Novo é um partido ideológico, que veio ao Parlamento para defender o livre mercado, a menor interferência do Estado na vida das pessoas. Entendo a intenção do Deputado Rosenverg Reis de tentar criar empregos por meio de lei, mas esse é um tipo de ideologia que não tem mais cabimento em um Estado que está à beira de falência. Sou totalmente sensível à vontade do Deputado Rosenverg de que as pessoas sejam empregadas, mas não é com uma lei que obriga os estacionamentos que têm um totem para pagamento eletrônico a contratarem alguém para a exercer a mesma função. Nós estamos no século 21, cada vez mais as máquinas vão suprir determinadas funções. E não tem cabimento algum que este Parlamento se debruce sobre esta questão tornando mais cara ainda a geração de riqueza dentro do nosso Estado”, afirmou o deputado do Novo no plenário.
Rosenverg defendeu que seu projeto pretendia abrir novas vagas para trabalhadores. “Eu não sei por que cargas d’água o Deputado Alexandre Freitas é contra a geração de empregos. As máquinas não podem vir suprir a mão de obra do trabalhador que leva o sustento para sua casa”, rebateu o deputado do MDB, acrescentando que “a máquina não pode substituir o trabalhador”. O projeto também foi defendido no plenário pelos deputados Enfermeira Rejane (PCDB), Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) e Carlos Minc (PSB).
O resultado da votação acabou tendo repercussão nacional, pois foi postado no Twitter pelo presidente do Partido Novo, João Amoêdo, que chamou om projeto de absurdo. O ex-candidato à Presidência da República escreveu: “A Alerj acaba de aprovar, por 40×2, uma lei que determina que os estacionamentos do estado deverão ter um posto de pagamento com funcionário para cada posto de autoatendimento. Em outra década, tentariam barrar os computadores para preservar as bibliotecas”.
Estacionamento é para quem tem carro. Deveria estender a lei para o Metrô, que tem tirado atendentes para nos obrigar a usar as máquinas de auto atendimento.