Descaso com os animais no Rio de Janeiro

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Não é de hoje que os órgãos responsáveis pouco se importam com as questões dos pets. Recentemente, publicamos uma matéria sobre o aumento dos roubos de cachorros de estimação na cidade do Rio de Janeiro. Além desse, são muitos os problemas.

Entre eles, os maus-tratos. O número de casos do tipo só sobe. Somente em janeiro deste ano foram 643 denúncias. Em 2018 ocorreram 312 casos. O valor corresponde a quase 20% do total de denúncias do ano anterior, 4019.

De acordo com dados obtidos no sistema informatizado corporativo da Prefeitura do Rio de Janeiro, o fundo responsável por receber o valor das multas aplicadas a esse tipo de crime não recebeu nenhum centavo em 2018.

Os recursos das multas aplicadas a pessoas que os maltratam deveriam ser destinados ao fundo, que também deveria receber recursos de outras fontes. Mas isso não tem acontecido.

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Criado em 2017, o Fundo de Proteção Animal tem o objetivo de financiar campanhas de castração, vacinação, conscientização e para promover atendimentos de saúde e construir abrigo para animais.

Autor do levantamento sobre o repasse dos recursos para o fundo, o vereador Marcos Paulo, do PSOL, disse enxergar uma falta de interesse da prefeitura no tema. Marcos Paulo apresentou um projeto na Câmara do Rio para tentar fazer com que o fundo funcione efetivamente.

“O prefeito prometeu cuidar das pessoas, mas não cuida de nenhum dos dois”, pontuou Marcos Paulo.

Segundo Marcos Paulo, assim que assumiu, em 2017, Crivella reduziu de 10 para apenas três os municípios de castração gratuita no município.


“Alegou falta de recursos. Mas até hoje não se preocupou em fazer funcionar o Fundo que ele mesmo criou para financiar ações de Proteção Animal”, cobrou o vereador.

A subsecretaria de Bem Estar Animal defende que houve avanços na instalação do Fundo e cita o decreto de junho de 2018, que regulamenta o fundo e cria o seu Conselho Curador. A pasta também afirma que, em outubro do ano passado, o “conselho se reuniu para elaboração do estatuto, que será aprovado em reunião agendada para abril de 2019.”

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5 COMENTÁRIOS

  1. Daniel, está verba e fundo é para distrações, vacinações ( zoonoses ) e manutenção de abrigos que a propria Prefeitura têm nos Jardins e área da própria prefeitura e outros locais espalhados pela cidade.

    • Sim. Eu entendi se você está em dúvida.
      O fato que questionei é do desperdício de verbas públicas se teria menos animais por aí, resultado do abandono, ou não, se o ser humano parasse de se entreter domesticando animais e humaniza-los como resultado da sua carência emocional.
      No dia que entidades de proteção aos animais realmente brigarem pela causa animal será pelo fim da domesticação.

  2. Essa questão da domesticação de animais não deveria ser tratada com ônus ao Estado, e sim a quem tenha interesse em manter um animal – que sequer deveria ser assim.
    Por acaso não seria isso uma violação?
    Que animal nasceu para ter seu destino submetido ao entretenimento do outro? – no caso, o ser humano…
    O Estado tem que gastar verbas com serviços destinados às pessoas e, portanto, à sociedade, à manutenção fauna como um todo. E somente neste último a ação de proteção ao meio ambiente e aos animais contra a destruição fruto da ação do próprio homem.
    Portanto, entendo que seja a manutenção no zoológico uma aberração e mesmo dentro de casa…

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