Em novo depoimento numa delação premiada, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, acusou o desembargador e ex-presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) Luiz Zveiter, de ter recebido uma propina de R$ 10 milhões de reais para fraudar a licitação da obra de um dos prédios do TJ-RJ em 2010. À “CNN”, Zveiter negou participação nos crimes.
Ainda de acordo com a “CNN”, um inquérito sigiloso foi aberto para investigar o assunto no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas foi arquivado por decisão da relatora, ministra Nancy Andrighi.
Zveiter é um dos nomes mais conhecidos do Judiciário fluminense e se junta a vários outros mencionados por Cabral em seu acordo de colaboração com a Polícia Federal, homologado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, em fevereiro de 2020.
O ministro Edson Fachin marcou as datas entre 21 e 28 de maio para que o plenário virtual da Corte decida se a delação de Cabral deve ser considerada válida ou não. Na última sexta-feira (14/05), a Procuradoria-Geral da República (PGR) deu um parecer contra a investigação do conteúdo da delação de Cabral, reiterando que a delação segue inválida.
Os delegados da Polícia Federal buscaram informações sobre a obra citada por Cabral e descreverem no relatório policial que as declarações do ex-governador, sobre o favorecimento à Delta, fazem sentido. De acordo com a PF, uma outra empresa (Paulitec Construções) foi escolhida para efetuar a obra, mas, após suposta influência de Zveiter, a licitação acabou sendo direcionada para a Delta.
Após analisar o depoimento de Sérgio Cabral e as evidências encontradas, como valores pagos pelo TJ-RJ a Delta, a PF concluiu que “ficou evidenciado que existem elementos que corroboram a narrativa de direcionamento de licitação para a Delta Construções”.
Zveiter, que é de Niterói, foi absolvido no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre as supostas irregularidades na contratação do projeto do prédio do TJ-RJ. De acordo com a PF, a obra custou cerca de R$ 175 milhões – acima dos R$ 140 milhões iniciais. Na delação à PF, Cabral diz que os pagamentos indevidos a Luiz Zveiter teriam ocorrido até 2012, mesmo após a sua saída da presidência do TJRJ, e que o ex-dono da Delta, Fernando Cavendish, teria achado “até barato” o valor de propina pago.
Em nota, a defesa Zveiter afirmou que o caso está encerrado e que a “Procuradoria Geral da República já analisou tais fatos e pediu arquivamento do inquérito pela falta de qualquer indício ou prova de sua existência”, dizendo, ainda, que “o próprio Ministério Público reconheceu a falta de consistência dos depoimentos do delator.
Também em nota, a defesa de Sérgio Cabral informou que o acordo de colaboração premiada do ex-governador “foi homologado pelo STF por estar pautado rigorosamente dentro da legalidade” e afirmou que “nunca o Ministério Público Federal ou a PGR disseram textualmente que não queriam celebrar acordo de colaboração premiada com o ex-governador. Inaceitável se tentar abalar o trabalho sério realizado pela Polícia Federal, com base em argumentos mentirosos, vociferados covardemente da boca de verdadeiros aproveitadores”.
E tudo o que o Garotinho disse em seu blog agora vem à tona. Fica cada vez mais evidente a perseguição que ele vem sofrendo, e a força desse “sistema” instalado aqui no Rio que protege os seus aliados.
e o
ex-
governador Garotinho foi condenado a pagar danos morais ao Desembargador
E o Garotinho foi perseguido e preso, mais de uma vez, por falar isto!!!!!!! ainda foi condenado por danos morais
Adoraria ler uma autobiografia do Cabral, de verdade. Há anos preso e ainda cheio de novidades.
E o Garotinho foi perseguido e preso, mais de uma vez, por falar isto!!!!!!!