Perfis criados nas redes sociais tem nome de médico que estuprou mulher durante cesárea; psicóloga explica situação

No Instagram, por exemplo, havia no mínimo 6; já no Twitter, um perfil, se passando por Giovanni, escreveu: ''Ela me deu mole, vocês não entenderiam''. Um dos perfis atingiu 25.000 seguidores

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Giovanni Quintella Bezerra - Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Após a repercussão do caso em relação ao estupro de uma mulher durante uma cesárea em um hospital em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, diversos perfis foram criados nas redes sociais com o nome de Giovanni Quintella Bezerra, anestesista responsável pelo crime. Um destes perfis atingiu mais de 25.000 seguidores em 24 horas.

No Instagram, por exemplo, o DIÁRIO DO RIO identificou no mínimo 6. Já no Twitter, um perfil, criado em maio, publicou, como se fosse o médico, a seguinte frase: ”Ela me deu mole, vocês não entenderiam”.

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Redes sociais criadas com o nome de Giovanni Quintella Bezerra – Foto: Diário do Rio

Para a psicóloga clínica Graça Ivo, essa situação pode ser explicada pelo fato das pessoas sentirem necessidade de opinar sobre qualquer tema, além do impacto causado pela divulgação das informações.

”Acho que a mídia tem uma parcela nisso, pois é quase que um ‘espetáculo’, onde todo mundo participa para dar sua opinião, julgar, condenar. Essa necessidade que o ser humano tem de interagir explorando o pior que o ser humano tem, infelizmente existe”, disse.

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Paralelamente, Graça destacou que não basta Giovanni ficar preso, mas sim ser tratado como alguém que possui uma doença.

”Não adianta prender esse rapaz sem dar um tratamento a ele. Uma pessoa que escolhe ter prazer sexual dessa maneira é quase como se ele tivesse relação com um cadáver, pois uma pessoa anestesiada, que não participa do ato, é como se ela estivesse morta. Ali ela está sem consciência. Isso é uma perversão sexual, uma doença”, complementou, antes de concluir.

”É claro que ele não pode ficar solto, tem que ser punido, mas prender só não vai resolver. O que resolveria essa situação é tratar essa pessoa, essa situação que ele tem, um desvio da libido”, finalizou.

Entenda o caso

Giovanni Quintella Bezerra, de 32 anos, colocou uma gestante que recebia uma cesárea no Hospital da Mulher Heloneida Studart, no bairro Vilar dos Teles, em São João de Meriti, para fazer sexo oral nele enquanto ela estava inconsciente devido ao parto. O crime foi filmado por enfermeiras do hospital que desconfiaram da dosagem de sedativos dada pelo anestesista à paciente.

Giovanni foi preso em flagrante na madrugada da última segunda-feira (11/07) e indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia entre 8 e 15 anos de detenção. Agora, a polícia abriu inquérito para tentar descobrir outras possíveis vítimas do médico.

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