Dois anos de isolamento social podem ser os responsáveis por comportamentos agressivos e antissociais em crianças

Especialistas afirmam que o isolamento modificou psicologicamente os mais novos, gerando traumas e ansiedades

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Foto: Banco de dados online

Isolamento social durante dois anos de pandemia geraram sequelas e as crianças podem ser um dos principais afetados. Solidão, excesso de internet, acesso a conteúdo impróprio, dificuldade no aprendizado e má alimentação foram condições em que as crianças e adolescentes, muita das vezes, ficaram expostos durante os dois anos de pandemia.

Segundo especialistas, uma das consequências da pandemia pode ser o comportamento escolar arredio ou, até mesmo, agressivo.

O pediatra e professor, Daniel Becker, explica que o comportamento violento das crianças pode estar ligado ao sofrimento nos últimos anos. “Foram dois anos de medo, confinadas em casa, sem escola, com os pais passando por algum tipo de luto, crise financeira.”, disse Daniel. “Muitos pais em home office não tinham tempo então apelavam para o aparelho celular, liberava a televisão, videogame, ou seja, havia muita tela para elas”, explicou.

De acordo com Becker, as crianças perderam a socialização, deixaram de conviver com os colegas, ficaram com medo de sair e foram se acostumando com o isolamento e a solidão. “Tudo isso gerou ansiedade social nelas. Elas foram privadas da praça, da rua, da arte, do filme, da brincadeira e o que restou foi o exílio em quatro paredes”, declarou o professor.

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O professor ainda ressalta que a escola é um ambiente de aprendizado social, não apenas acadêmico, e com a falta dele muitas crianças perderam a vontade de estar com outras crianças, por estarem acostumadas com o isolamento. “O colégio é um espaço onde ela vai aprender, brincar, conviver com os outros, entender as diferenças, a se comunicar e se conhecer principalmente. Diante disso tudo, o que temos são algumas crianças que ficaram estressadas em casa, que chegaram a desenvolver sintomas físicos como a constipação, bolhas, retenção de urina, distúrbios no apetite, cefaleia”, completou.

As secretarias estaduais do Rio não divulgaram dados de agressões nas escolas, mas o crescimento de brigas foi observado por professores e responsáveis. Na sexta-feira, (06/05), em uma escola da Ilha do Governador, um aluno de 14 anos tentou esfaquear três colegas. No mesmo dia, a Polícia Civil impediu um ataque a uma escola de Saquarema, na Região dos Lagos.

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