Domingo, 29 de Novembro, tem passeio guiado do Rolé Carioca no Saara

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Carnaval de Rua 2012

O Rolé Carioca, passeios guiados por historiadores da Estácio de Sá e que está em sua 3a edição, faz seu último passeio de 2015 no domingo, 29 de novembro, com festa pelas ruas que integram a Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega, mais conhecida como Saara. Local de intenso movimento nas calçadas e no asfalto durante a semana, a Saara estará à mercê do público que dará seu rolé para conhecer mais sobre a História e a Cultura daquela região tão popular do Rio de Janeiro. E no fim do passeio, o bloco do Rolé desfilará com seu estandarte, cantando muitas marchinhas para iniciar já no último domingo de novembro o carnaval carioca de 2016.

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O ponto de encontro será em frente à estação Uruguaiana do Metrô, na saída da Rua Uruguaiana (na esquina com a Rua da Alfândega), às 9h. Como sempre acontece, o passeio é gratuito e dispensa inscrições. O roteiro traçado pelos professores de História da Estácio Rodrigo Rainha e William Martins para o último passeio do ano é o seguinte: Igreja de São Jorge e São Gonçalo; Palácio Duque de Caxias; Praça da República; Rua da Constituição; Rua República do Líbano; Clube Sírio-Libanês; Rua Buenos Aires; Praça dos Mascates; Rua Regente Feijó; Rua Senhor dos Passos; Igreja Nossa Senhora do Terço;  Rua Gonçalves Ledo; Rua da Alfândega; Rádio Saara; Igreja de Santa Efigênia e Santo Elesbão; Avenida Passos; Sociedade Espírita do Rio de Janeiro; Casa Turuna; Igreja Nossa Senhora da Lampadosa; Real Gabinete Português de Leitura; Rua da Conceição, e Avenida Presidente Vargas.

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A História da Saara

rua da alfândega, 1903, Albertino Cavalieiro, BN Digital

A Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega foi criada em 1962 por um grupo de comerciantes estabelecidos entre o quadrilátero formado pela avenida Presidente Vargas, Praça da República (Campo de Santana), Rua Buenos Aires e Rua dos Andradas, além das transversais Avenida Tomé de Sousa, ruas Regente Feijó e Gonçalves Ledo, Avenida Passos e Rua da Conceição, área que ficaria conhecida como “Turquia Pequena”. A Saara reúne uma multiplicidade étnica, com presença de libaneses e sírios, que começaram a chegar nos anos 70 do século XIX, cristãos e judeus do Oriente Médio e da Europa Central, chineses e, mais recentemente, coreanos, além de uma quantidade enorme de igrejas.

Locais importantes

Gabriel Habib – Busto na Praça do Mascate

Nasceu no Líbano e veio para o Brasil para morar no bairro de Areal, atual Coelho Neto.  Organizando seu comércio atacadista na Rua da Alfândega, foi um dois responsáveis pela iluminação do local e a luta para a criação de uma associação de proteção ao comércio da região.

Igreja de Santa Efigênia e Santo Elesbão

Foram os escravos que trouxeram para o Brasil o culto a esses dois santos, de origem africana. A igreja foi construída a partir de 1747 por uma irmandade formada por negros de Cabo Verde, Costa da Mina e Moçambique, além de escravos alforriados.

O edifício possui uma fachada austera, onde se destacam a portada e quatro grandes janelas. O interior, apesar de bastante alterado, ainda apresenta relíquias, como a rara imagem de São Bom Homem, padroeiro dos comerciantes, e uma rica coleção de arte sacra. Algumas dessas imagens foram doadas pelo imperador D.Pedro II. A igreja fica na Rua da Alfândega, 219.

Igreja de N. S. do Terço

Apesar de pequena, é a mais significativa igreja da região. A irmandade do Terço foi fundada em 1722, mas só em 1842 seria construída a igreja-sede. O interior é revestido de talha em estilo neoclássico. A igreja possui várias relíquias, como as imagens de São José, N.S.das Dores, Senhor dos Passos e N.S.do Terço. Na sacristia destacam-se o lavatório de mármore e imagens de origem portuguesa. No teto da nave há uma pintura com o símbolo de Nossa Senhora cercada de anjos. Também merecem destaque os azulejos portugueses, as portas e grades de jacarandá e a portada em pedra de lioz. Fica na Rua Senhor dos Passos, 140.

Igreja de N. S. da Lampadosa

A Igreja da Lampadosa não se localiza propriamente na Saara, mas no seu entorno. A Irmandade de N.S. da Lampadosa – ou N.S. das Candeias – era, originalmente, uma confraria de homens negros, que exerciam sua devoção na Igreja do Rosário. Depois de alguns mal entendidos com os irmãos, também negros, mudaram-se da Igreja de N.S.do Rosário e São Benedito. Em 1748, receberam a doação do terreno e edificaram a Igreja da Lampadosa, que, na época, deu nome à rua. Passados anos, a Irmandade progride até transformar-se em Ordem Terceira. E a velha capela dá lugar a um templo mais imponente e sóbrio, de linhas elegantes. A Igreja figura também entre os fatos ocorridos nas últimas horas de vida de Tiradentes. Toda segunda-feira, dia consagrado às almas, é intenso o movimento de fiéis que vão à Lampadosa acender suas velas e fazer suas orações. Localiza-se na Av. Passos, 15.

Palácio Duque de Caxias

Após uma importante reforma iniciada em 1905, novas instalações foram inauguradas em 1910, pelo Ministro Hermes da Fonseca. E no quartel general instalou-se o Estado-Maior do Exército, criado em 1896, e o gabinete do Ministro do Exército. Mas foi com Getúlio Vargas na Presidência e o General Eurico Gaspar Dutra no Ministério da Guerra que foi aprovado o projeto para a construção de um novo quartel-general. O projeto do arquiteto Cristiano Stockler das Neves foi executado em cerca de quatro anos (1937/41) por uma comissão de engenheiros militares. O novo quartel-general foi inaugurado em 28 de agosto de 1941, ao mesmo tempo em que se abria a avenida Presidente Vargas, constituindo-se um imponente marco de nova era para o Exército após a 2ª Guerra Mundial.

Sua construção possibilitou a centralização da Administração do Exército, até então dispersa por vários bairros do Rio. Em 25 de agosto de 1949, foi inaugurado o Pantheon de Caxias, monumento localizado em frente ao prédio, contendo os restos mortais do Patrono do Exército e de sua esposa. Em 1971, após cerca de 110 anos como Ministério da Guerra – desde que Caxias para lá transferiu-se em 1861 – o Palácio da Praça da República perdeu essa condição, em consequência da mudança para Brasília. E, em 1974 o prédio do ex-Ministério da Guerra e do Exército recebeu oficialmente a denominação de Palácio Duque de Caxias.

Campo de Santana

Cenário das principais festas oficiais e populares do Império, palco da aclamação de D. Pedro I e da proclamação da República, o Campo de Santana foi considerado, desde os primórdios, um local de importância histórica. Maior área verde do centro da cidade, já em meados do século XIX seu ajardinamento teve a finalidade de “dar um pulmão à capital do Império”. Muita coisa mudou, mas esta função permaneceu, atualmente reforçada.

A exuberância de sua vegetação, cuja variedade de tons de verde compõe um conjunto de grande harmonia, é um atrativo para a avifauna.  A disponibilidade de alimentos tem atraído um contingente faunístico cada vez maior, aumentando a biodiversidade e a beleza do parque.

Federação Espírita Brasileira

Apontamentos históricos indicam que a FEB, após sua fundação em 2 de janeiro de 1884, passou a funcionar na residência de seu fundador, Augusto Elias da Silva, na Rua da Carioca no 120 (então Rua de São Francisco de Assis), para em seguida começar constante mudança de endereço, passando inclusive pela ruas da Alfândega, mais de uma vez, e Gonçalves Ledo. Atualmente fica na Avenida Passos, 30, 1º andar.

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