“Lula”, a primeira – e aguardada – biografia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, escrita por Fernando Morais é o sucesso do momento.
Até bolsonarista-raiz anda lendo.
Recebi o livro (“Lula” – Companhia das Letras, 400 págs.) da editora em janeiro, mas ainda não li – não por falta de interesse, mas de tempo. Então, aproveitei o feriadão de carnaval – sem carnaval – e trouxe o livro para ler na praia.
Este é o primeiro dos dois volumes previstos para a biografia deste que é um dos mais importantes e controversos políticos brasileiros de todos os tempos.
Na primeira parte deste volume, Fernando Morais se debruça – sem economizar nos detalhes – sobre o período da segunda prisão de Lula, em 2018, tempo em que ele esteve preso em Curitiba.
Morais dedica as primeiras 160 páginas ao tempo entre a prisão do ex-presidente e sua libertação, em fins de 2019.
A segunda parte, narra a vida do petista, desde a infância até as eleições de 1982, com ênfase especial no período em que ele esteve à frente do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo.
A obra, muito bem escrita, antes mesmo de chegar às livrarias, já vinha causando polêmica nas redes sociais, num inflamado debate sobre a imparcialidade do autor.
Morais é leal a Lula sem perder de vista a honestidade intelectual. Se por um lado a grande proximidade entre os dois, suscita desconfiança entre os leitores, por outro lado, certamente, contribuiu para enriquecer a narrativa. Talvez, na verdade, não seja possível retratar Lula de forma ao mesmo tempo fiel e equilibrada.
O fato de biógrafo e biografado serem próximos, não desqualifica em nada a obra. É certo que a imparcialidade não é a tônica do livro. Mas, na segunda parte do livro, o Fernando Morais, jornalista e militante do PCB, que viu tudo acontecer e que tem muitos detalhes a acrescentar, apresenta uma visão mais crítica.
O livro abrange as tumultuosas eleições de 1982 – quando Lula, candidato ao governo de São Paulo amargou um quarto lugar, com menos de 1% dos votos – ; a tentativa do PCB de recrutar Lula; as informações sobre a ajuda dos sindicatos social-democratas europeus aos grevistas do ABC; a reação da ditadura ao novo sindicalismo; a história da adesão de Antonio Candido ao PT e muito mais.
“Lula, a biografia” – sem ironia ou duplo sentido – prende o leitor.
Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.
Tem que rir kkkkkkkkkkk
Espero que proximo volume trate das virtudes e defeitos sobre biografado. Infelizmente estamos discutindo o passado. Temos que olhar o presente e rumar para o futuro.
Lula, o maior ladrão desgraçado do Brasil. Câncer maligno
lula, a Bandidografia