Será lançado, nesta próxima quarta-feira (28/08), o edital para as obras de revitalização do Cais do Valongo, localizado no bairro da Saúde, na Região Portuária do Rio. O lançamento será feito por Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, marcando um importante passo na preservação e valorização de um dos locais mais significativos da história brasileira e mundial. As informações foram reveladas pela coluna do Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
O Cais do Valongo, descoberto em 2011 durante as obras do Porto Maravilha, foi construído em 1811 pela Intendência Geral de Polícia da Corte do Rio de Janeiro. Sua função principal era deslocar o desembarque e o comércio de africanos escravizados da Rua Direita, atual Rua Primeiro de Março, para um local mais adequado na região portuária. Durante os aproximadamente 40 anos em que esteve em operação, o Cais recebeu cerca de um milhão de africanos, o que o tornou o maior porto receptor de escravizados do mundo. O Brasil, ao longo de mais de três séculos de escravidão, recebeu cerca de quatro milhões de escravos, e o Cais do Valongo foi o principal ponto de entrada.
Em 2017, o Cais foi reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Mundial, destacando sua importância não apenas para a história do Brasil, mas para a história global. O reconhecimento é um tributo à contribuição fundamental dos africanos e seus descendentes para a formação cultural, econômica e social do Brasil e das Américas. A revitalização do Cais é vista como uma forma de honrar e preservar essa memória histórica, garantindo que as futuras gerações compreendam o impacto e a importância desse patrimônio.
Prezado Victor, grato pela informação, mas destaco que só falta saber se, no edital acima, existirá uma ação que vise a criar um museu que exponha a parte mais importante da coleção de mais de 1 milhão de artefatos arqueológicos catalogados durante as intervenções urbanísticas do projeto Porto Maravilha na região, que ainda estão armazenadas “criando poeira” em caixas e contêineres no edifício do Galpão das Docas. Um abraço. Antônio Sá
Um abraço. Antônio Sá