O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, assinou nesta terça-feira (21), durante a reunião anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, um acordo que marca a intenção de instalar no Rio uma sede do Centro da Quarta Revolução Industrial da instituição. A iniciativa visa apoiar cidades no desenvolvimento de projetos tecnológicos com foco em inteligência artificial, voltados para áreas como inclusão digital, inovações climáticas e desenvolvimento sustentável.
A assinatura do documento aconteceu no painel intitulado “Brasil: mais ações no futuro”, que reuniu líderes políticos e empresariais brasileiros para discutir o papel do país nas questões climáticas, sociais e econômicas globais. Além de Paes, o evento contou com a participação de nomes como o governador do Pará, Helder Barbalho, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, e a diretora de Sustentabilidade do iFood, Luana Marques Garcia Ozemela. A mediação foi realizada pela presidente do Instituto Igarapé, Ilona Szabó.
Centro da Quarta Revolução Industrial no Rio
Com a intenção de trazer uma sede do Centro da Quarta Revolução Industrial para o Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes destacou a importância da tecnologia para promover transformação social e econômica nas cidades. O centro será responsável por fomentar iniciativas baseadas em inteligência artificial, alinhando o desenvolvimento urbano à sustentabilidade e à inclusão digital.
“A instalação deste centro no Rio reforça nosso compromisso em utilizar a tecnologia como aliada no combate às desigualdades sociais e na promoção de cidades mais inteligentes e sustentáveis”, afirmou Eduardo Paes.
Belém e a COP 30: foco na Amazônia
Durante o painel, Paes também destacou a importância da realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) em Belém, capital do Pará, em 2025. O prefeito relembrou a posição estratégica da cidade na Floresta Amazônica, com 1,3 milhão de habitantes, atuando como porta de entrada para a região e como centro comercial e logístico para o escoamento da produção amazônica para o Brasil e o exterior.
“A escolha de Belém para sediar a COP 30 é extremamente simbólica, pois coloca o coração da Amazônia no centro das discussões climáticas globais. É uma oportunidade única para mostrar ao mundo o papel estratégico da região na preservação ambiental e no desenvolvimento sustentável”, afirmou Paes.
Clima, desigualdade e o Sul Global
O prefeito do Rio de Janeiro aproveitou o painel para criticar retrocessos climáticos, como o rompimento dos Estados Unidos com o Acordo de Paris durante a gestão de Donald Trump, mas destacou que muitas cidades norte-americanas continuam comprometidas com as metas do tratado. “Independentemente da visão de um presidente, as cidades têm mantido seu compromisso com a luta contra as mudanças climáticas”, disse Paes.
Outro ponto levantado foi a necessidade de maiores investimentos para as cidades do Sul Global, com o objetivo de reduzir a desigualdade e fomentar o desenvolvimento sustentável em países emergentes.
O pacto pela transformação ecológica
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, participou do painel destacando o Pacto pela Transformação Ecológica, firmado no Brasil em 2024 entre os Três Poderes. O pacto prevê, entre outras ações, a integração de bancos de dados imobiliários, ambientais, cadastrais e fiscais para combater a prática de grilagem de terras no país. “Essa iniciativa fortalece o combate aos crimes ambientais e promove uma gestão mais transparente e sustentável dos recursos do país”, afirmou Barroso.
Painel reforça parcerias entre governo, empresas e sociedade civil
O painel “Brasil: mais ações no futuro” também reforçou a importância da colaboração entre governos, setor privado e sociedade civil para enfrentar desafios globais. A diretora de Sustentabilidade do iFood, Luana Marques Garcia Ozemela, destacou o papel das empresas na implementação de soluções inovadoras para questões sociais e ambientais.
Já o governador Helder Barbalho, anfitrião da COP 30, ressaltou a relevância da Amazônia no debate climático global, chamando a atenção para a necessidade de equilibrar preservação e desenvolvimento econômico sustentável na região.
Serviço: Fórum Econômico Mundial 2025
- Data: 21 de janeiro de 2025
- Local: Davos, Suíça
- Painel: “Brasil: mais ações no futuro”
A revolução industrial no Rio??!! Não conheci nem a primeira, que fará a quarta!!!
Moro no Rio (subúrbio), a única revolução que percebi foi a decadência da Educação, da saúde, da Segurança.
Onde foram aplicados os benefícios das outras três revoluções? Brasil, país do Futuro. Como comentou o J Miranda, que país e esse, na quarta revolução industrial com gente fazendo muros, cantos e calçadas de banheiro.
Quarta revolução industrial e a capital tem gente defecando na calçada. Vai sim, pode confiar.