N.E.: Romullo Pontes é novo colunista do Diário do Rio de Janeiro
Já não era sem tempo. No final de fevereiro, falamos aqui no Diário do Rio sobre o quão esdrúxula era esta versão Cidade Olímpica do Banco Imobiliário, famoso jogo de tabuleiro da fabricante de brinquedos Estrela, onde era evidente a intenção de exaltar o governo do prefeito Eduardo Paes. Mais esdrúxulo ainda foi gastar 1 milhão de reais para distribuir propaganda a 20 mil alunos das escolas municipais. A infelicidade da ideia era tanta que nem mesmo o mais inerte eleitor carioca curtiu a novidade. O Ministério Público do Rio de Janeiro também não curtiu e instaurou inquérito civil para apurar o caso.
Obedecendo um pedido do promotor Eduardo Santos de Carvalho, da 8ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva e Cidadania, até o último dia 26/04, todas as unidades deveriam ter sido recolhidas das escolas, mas o processo ainda não foi concluído. Diante desta situação, Paes tentou se explicar, disse que não era autopromoção, mas que iria devolver os jogos para a Estrela – de onde nunca deveria ter saído.
Agora, um outro problema. Cadê o dinheiro que foi gasto com a compra dos jogos? Perguntada, a Secretaria Municipal de Educação não quis se pronunciar. Legal, né?