Eleições no Fluminense: oposição é criticada por não conseguir se unir em torno de uma única candidatura

Algumas pré-candidaturas já surgiram. Essa questão virou um problema apontado por torcedores e observadores do cenário eleitoral Tricolor

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Laranjeiras, sede do Fluminense. Foto Cleomir Tavares / Diario do Rio

Em novembro deste ano, o Fluminense definirá quem será o presidente do clube no triênio 2026-2027-2028. Mário Bittencourt, atual mandatário, não poderá concorrer, uma vez que foi reeleito ao cargo em 2022. Contudo, ele deve apoiar algum nome. Na oposição, algumas pré-candidaturas já surgiram. Essa questão vem sendo criticada por torcedores e observadores deste cenário eleitoral.

A oposição corre o risco de repetir o roteiro de outras eleições — pulverizada, enfraquecida e sem fôlego para ameaçar o favoritismo da máquina tricolor“, escreveu o jornalista Paulo Brito na rede social X. Paulo fez uma postagem analisando o cenário e ouvindo nomes que podem disputar o pleito em novembro.

O grande número de nomes que podem vir a disputar a eleição contra a chapa de Mário Bittencourt é visto como problema por muita gente. Entre eles está André Horta, de 51 anos, filho de Francisco Horta, presidente do clube no período da histórica Máquina Tricolor.

André aponta o motivo para a falta de união na oposição: “Por causa do ego. Foi assim em 2022. Agora não será diferente“.

Com mais detalhes, André Horta aprofunda a reflexão sobre o atual cenário eleitoral do Fluminense: “Eu lancei pré-candidatura em agosto de 2024. Algumas pessoas achavam que você deve pedir permissão ou bênção antes de tomar uma decisão que é pessoal e legítima para sócios adequados no estatuto do clube. Não é assim que funciona. Me acho capaz de poder ajudar o Fluminense em muitos aspectos. Tenho décadas de experiência em futebol, inclusive trabalhando na base da Seleção Brasileira. Não é boleiragem. Evidentemente, com pessoas qualificadas ao meu lado. Ninguém faz nada sozinho. E também não com apenas quatro pessoas, como é a gestão atual. É preciso ter um grupo de trabalho. Um conselho diretor atuante e seus diretores remunerados, aptos a executarem suas funções. Administradores de verdade no clube para ele não ficar abandonado como está. No futebol então, é preciso uma reciclagem total. Precisa urgente de mudanças. O problema é o boicote que fazem com os nomes dos pré-candidatos. Não é só comigo. O problema é o cara se achar o suprasumo e que só ele, ou o grupo dele, sabem resolver os problemas. Mesmo que o cara nem voto tenha, ou nem voto traga, ele pensa assim. É incrível, mas a política do Fluminense é assim. Na minha opinião, sim deveria ser um só candidato. Mas como em 2022 tivemos três candidatos de oposição, esse ano teremos mais nomes. E acho difícil boa parte ceder. Então será um problema”.

Atualmente, nomes conhecidos no clube como Celso Barros, Pedro Antônio Ribeiro, Edilson Silva, Luis Monteagudo, Sérgio Poggi, entre outros, são citados como possíveis futuros candidatos às eleições de novembro.

“Já conversei com várias pessoas. Todos acham que deve ter único candidato. Mas e aí? Vai ceder? Vai apoiar? A causa do Fluminense está acima das vaidades pessoais? Ou vãi ficar também só no discurso ‘Com esse não falo e com esse não participo’?. Não pode ser assim. É utopia a união da oposição? No Fluminense é, porém é possível melhorar bastante isso. Alguns poucos, como o Ademar Arrais, Marcelo Souto, O Lespa, Gonzalez e Dr Celso Barros, pensam como eu. Pensam no Fluminense. Não em si. Teve uma única pessoa que se diz oposição, mas que nem me respondeu para conversar. Faz postagens constantemente em rede social única e exclusivamente para o grupo formado por ele para falar de SAF. Então já percebi que não tem interesse em união. É aquele pensamento que só ele e o próprio grupo (pequeno) sabem. Venham conosco para ajudar. Fica difícil ter diálogo“, afirmou André Horta, que em seguida finalizou falando sobre pessoas que fizeram parte da atual gestão e hoje surgem como pré-candidatos.

“Agora apareceram dissidentes. Isso não é oposição. É conveniência. Oportunismo barato e covarde. Por seis anos aprovaram tudo que aí está desta gestão perdulária. Por seis anos, gente que teve emprego no clube. Aí briga e pula o muro? Não. Ajudaram a por o clube nessa situação caótica financeiramente. Assinaram todos os cheques em branco. Disseram amém para tudo. Então têm culpa no cartório, sim senhor“, disse Horta.

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