Eleições, Turismo e crise econômica

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Rio 2016 - Boulevard Olímpico - Praça Mauá - Rio de Janeiro - Foto Alexandre Macieira  Riotur

Acabamos de vivenciar eleições que travaram lutas entre candidatos de perfil oposto mas que esqueceram o turismo em suas pautas e discussões,debates e propaganda gratuita. O foco do recente pleito municipal foi em grande parte das cidades um conjunto de ofensas pessoais e apresentação de metas que nunca são cobradas nos finais dos governos e acabam fazendo parte de um tripé que há anos norteia nossas eleições: Saúde, Educação e Transporte.

Tanto os vereadores e os prefeitos esqueceram de incluir o Turismo como uma forma efetiva de recuperar as finanças municipais,s e escolhidos gestores técnicos que não queiram viver do pseudo glamour do segmento mas efetivamente buscar soluções com um planejamento a médio prazo calcado no aumento de turistas nacionais e internacionais, captação de eventos e revisão da infraestrutura existente, através de um aprimoramento de áreas vitais como aeroportos, portos, rodoviárias, postos de informações turísticas e sistematização da sinalização turística, além, é claro, de uma retomada de programas municipais de segurança turística,que fazem parte de uma real tomada de consciência dos gestores.

O sistema oficial de turismo vive um período de desmotivação total,com salários fora da realidade de mercado e inexistência de planos de cargos e salários, e concursos públicos. A quantidade de turismólogos, oriundos das poucas faculdades de turismo que ainda restam, estão quase sempre ávidos para revolucionar o mercado e talvez a solução sejam as politicas publicas.

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A promoção institucional deve ser a chave do sucesso das futuras gestões,com ênfase em novos programas de promoção,já que feiras de turismo nem sempre tem resultado em grandes avanços turísticos. O foco é a busca dos mercados existentes e um esforço para manter acesa na cabeça e na alma dos consumidores,a vontade de consumir nosso produto turístico,que esbarra em falta de criatividade e com cada nova administração querendo “recomeçar do zero” como se nada tivesse sido feito ou pior retomar no final de alguns meses os mesmos projetos, mudando os nomes.

A crise que os Estados passam e alguns municípios vai trazer um lado sombrio para o turismo: menos investimentos ainda… Um dos casos que mais nos preocupa é o Estado do Rio de Janeiro, que em estado falimentar deixará o turismo se perder na burocracia. Não adianta manter secretarias e convidar profissionais da área para cuidar da administração, se os mesmos não possuem recursos para nada e vivem fazendo figuração publica em eventos ou lançando programas esdrúxulos sem nenhuma conectividade efetiva.

As lideranças empresariais envelheceram e perderam o trem da luta .Vivem com seus discursos de saudade do passado e não evoluem para o novo Turismo da sustentabilidade,da responsabilidade social,da colaboração com o poder Publico em suas estrategias. Falta muita vontade politica, que foi se perdendo ao longo dos anos e que hoje não tem mais caminho de volta.

Os prefeitos que hoje assumem podem estar certos de que o Turismo vai trazer resultados positivos como aconteceu com as Olimpíadas,a Copa do Mundo,os Panamericanos para citar alguns eventos e como fazem o Reveillón e o Carnaval anualmente.No entanto,cidades não vivem apenas de eventos ícones e não podem gastar milhões como até hoje para shows de cantores famosos em praças publicas na celebração dos aniversários municipais.

É hora de deixar que nossas cabeças se encham de ideias possíveis e palpáveis e que tenhamos coragem de lutar para que aconteçam….

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