Em crise após corte de verbas, UFRJ convoca sessão ordinária para discutir alternativas

A UFRJ já havia anunciado, em junho, que não teria como manter as suas atividades, após o corte de R$ 1,6 bilhão promovido pelo Governo Federal

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Imagem meramente ilustrativa - Foto: Reprodução

Em crise orçamentária, juntamente com outras instituições federais de nível superior, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) fará uma sessão ordinária, através do Conselho Universitário (Consuni) –  órgão máximo da universidade -, nesta quinta-feira (11), no Centro de Tecnologia (CT), na Cidade Universitária, para tratar dos sucessivos cortes orçamentários aos quais tais instituições têm sido expostas, desde 2015. A partir, das 11h, será realizada uma leitura da carta pelas liberdades democráticas, em defesa do Estado Democrático de Direito. As informações são do jornal O Dia.

A universidade já havia anunciado, em junho, que não teria como manter as suas atividades, após o corte de R$ 1,6 bilhão promovido pelo Governo Federal na verba das universidades e dos institutos federais. O orçamento atual da instituição, segundo a direção da UFRJ, não daria conta das despesas de manutenção de serviços e estrutura física da unidade, impactando a continuidade das atividades universitárias.

Na época, o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças, Eduardo Raupp, afirmou que, para a UFRJ funcionar de forma adequada, as verbas de custeio deveriam ser da ordem R$ 400 milhões. A universidade, naquele momento, já funcionava com R$ 100 milhões a menos, segundo Raupp.

“É um orçamento muito longe do que a UFRJ precisa. Lembrando que, na discussão do orçamento do ano passado, a UFRJ reivindicava, pelo menos, o orçamento de 2019 corrigido pela inação: o orçamento era de cerca de R$ 374 milhões. A estimativa é de que o orçamento discricionário mínimo para a UFRJ esteja entre R$ 390 e 400 milhões para o funcionamento adequado da UFRJ e estamos, provavelmente, ficando com um orçamento com quase R$ 100 milhões abaixo disso. Isso, evidentemente, trará consequências para o funcionamento da Universidade”, disse o pró-reitor.

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Eduardo Raupp também teria ressaltado, na ocasião, que todas as contas da unidade estariam quitadas somente até o mês de agosto. As empresas prestadoras de serviço têm, por obrigação contratual, que garantir a manutenção dos serviços até 60 dias após o pagamento da última conta.

“Até outubro contávamos em honrar os compromissos e iríamos administrar em novembro e dezembro os casos emergenciais. Agora, o bloqueio e o cancelamento está antecipando esse cenário para agosto. Então, setembro, outubro, novembro e dezembro estariam descobertos”, lamentou Raupp.

Em 2021, à UFRJ foi destinada a  verba de R$ 299 milhões, a menor da década. Foram R$ 75 milhões a menos em relação ao ano de 2020, que também já havia sido alvo de cortes.

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