Em meio ao Coronavírus, casos não relacionados à pandemia têm atendimentos afetados no Rio

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Em meio à situação emergencial de saúde que estamos vivendo, não só no Rio de Janeiro, mas no mundo inteiro, a atenção principal de toda a medicina no momento é, claro, voltada aos casos relacionados à pandemia.

Acontece que, na capital fluminense, por exemplo, pessoas não infectadas pelo Coronavírus mas que possuem outros tipos de problemas de saúde estão tendo dificuldades para serem atendidas na rede pública.

Seja para consultas previamente agendadas ou situações de emergência, o atendimento à população carioca está prejudicado.

“Tinha uma consulta de cardiologia que é obrigatória. A clínica de Rocha Miranda se negou a fazer o atendimento. Passei para reportagem da Globo, meia hora depois a gerente do posto me ligou”, disse o paciente cardíaco José Luiz Lima.

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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), comandada por Beatriz Busch – que tem suspeita de estar com Coronavírus -, argumentou que José Luiz vem tendo acompanhamento normalmente e que sua próxima consulta já está marcada, para o dia 10/07.

Já uma idosa com suspeita de câncer, chamada Cremilda, precisou ir a vários hospitais em busca de atendimento.

“Estou com a minha sogra que está com suspeita de câncer na vesícula. Passou o fim de semana com muita dor, não conseguiu se alimentar e, nesta segunda-feira (30/03), acordou com as pernas cheias de manchas roxas. Meu cunhado levou ela pro Cardoso Fontes, ela não foi atendida; levou ela para o CER do Leblon, não foi atendida e disseram que apenas casos de Coronavírus. No Miguel Couto, também só estão atendendo casos de Coronavírus. No Getúlio Vargas, ela foi atendida e indicada a voltar pra casa e voltar na Clínica da Família”, disse a nora de Cremilda.

A SMS prometeu averiguar o que aconteceu com a idosa no CER, pois a unidade hospitalar não está restrita a casos de Coronavírus. A Secretaria também aproveitou para informar que o Miguel Couto só atende casos de traumas e que, no Getúlio Vargas, Cremilda foi atendida e orientada a retornar para casa e ser atendida de maneira complementar, posteriormente, na Clínica da Família.

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