Em um ano, Rio tem 4 mil toneladas de lixo recolhidas dos ramais de trem

Segundo a concessionária, cenário de pandemia agravou a situação de sujeira e degradação nas estações de trem da cidade

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Monte de lixo no ramal Santa Cruz, perto de passagem irregular na Rua Campo Grande Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo

Segundo publicou o jornal Extra nesta terça-feira (16/03), só em 2020, a SuperVia, empresa que administra o serviço de trens no Rio, recolheu mais de 4 mil toneladas de lixo e entulhos nos ramais de trem da Capital Fluminense e da Baixada. O número é 35% maior que em 2019.

O descarte irregular de resíduos gera prejuízos e aumenta o risco de acidentes. Além disso, gera uma série de transtornos aos passageiros. De acordo com a Supervia, não é incomum o serviço ser interrompido para a retirada de lixo de cima dos trilhos

E, se isso gera prejuízos à operação, até com risco de acidentes, representa também transtornos aos passageiros: de acordo com a concessionária, não é raro que a circulação tenha que ser interrompida para a retirada de resíduos de cima dos trilhos. Nos dias de chuva, a situação se agrava, em função dos bolsões d’água provocados pela obstrução do sistema de drenagem.

Dados da concessionária revelam que os pontos onde há mais acumulo de entulhos ficam localizados em locais que crescem de forma desordenada no entorno da linha férrea, onde serviços como a coleta de lixo são escassos.

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Na lista, estão o entorno da favela do Jacarezinho e as imediações de estações como Manguinhos, Del Castilho, Barros Filho e Costa Barros. Mas é do ramal Santa Cruz, que corta a Zona Oeste da capital, que é removido mais de um quarto dos dejetos – 1.142 toneladas ao longo de 2020 -, com vazadouros mais recorrentes na região de Senador Camará, nas proximidades da Vila Vintém e no trecho entre as estações Benjamin do Monte e Cosmos.

A Supervia informou que, embora não seja uma atribuição da empresa, são realizadas operações de rotina para remoção do lixo, que custam anualmente R$ 2 milhões com mão de obra e maquinário.

Por conta da falta de saneamento básico, em vários trechos, o esgoto das construções irregulares vai parar, junto com o lixo, na rede de drenagem do sistema, construído quando o subúrbio do Rio ainda era uma área rural.

Veja a quantidade de lixo e os pontos críticos de cada ramal:

Ramal Saracuruna – 912 toneladas (incluindo as extensões Via Inhomirim e Guapimirim): imediações das estações Gramacho, Duque de Caxias, Manguinhos e Triagem.

Ramal Belford Roxo – 710 toneladas: imediações das estações Jacarezinho, Del Castilho, Barros Filho, Costa Barros, Pavuna/São João de Meriti, Vila Rosali, Agostinho Porto e a passagem em nível de Aurélio Valporto.

Ramal Japeri – 640 toneladas: imediações das estações Ricardo de Albuquerque, Olinda, Nilópolis, Mesquita, Comendador Soares, Edson Passos, Austin e Queimados.

Ramal Deodoro – 606 toneladas: imediações das estações São Francisco Xavier, Riachuelo, Engenho de Dentro, Bento Ribeiro e Marechal Hermes.

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