Empresa americana fundada por brasileiros pretende fazer parceria com colônias de pescadores do Rio de Janeiro

As colônias fazem parte do projeto “Águas da Guanabara” da Federação dos Pescadores do Estado do RJ

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Foto: Divulgação

Representantes da empresa de calçados Kalp Wear, estiveram no Rio de Janeiro para visitar a colônia de pescadores Z8 – situada em São Gonçalo. A empresa produz sapatos com plástico reciclado e borra de café e tem como missão o reflorestamento de matas devastadas no Brasil. De acordo com o empresário Diego Klaus, a empresa está usando plástico reciclado e transformando essa matéria prima em calçados para vender pro exterior e o objetivo da visita era ver de onde vem o plástico e saber como é feto processo de reciclagem.

Foi destacado pelos pesquisadores técnicos do projeto Águas da Guanabara que os materiais como sacolas plásticas, garrafas pet, pedaços de isopor, plásticos, chinelos, embalagens diversas, garrafas de vidro, pedaços de madeira e restos de tecidos e couro lideram o ranking de poluição da Baía de Guanabara.

O objetivo dessa possível parceria, é buscar formas de ajudar as famílias de pescadores, pois eles têm que ser beneficiados do produto final, para assim, fechar a cadeia produtiva”, disse Klaus.

A empresa produz os tênis que são biodegradáveis e feitos com material 100 % reciclável. Por isso, a ideia de conhecer o trabalho do projeto “Águas da Guanabara’ da Federação dos Pescadores do Estado do Rio de Janeiro (FEPERJ).

A ideia de procurar a FEPERJ, surgiu junto a sócia criadora do “Rio Coffee Nation, Martina Barth d’Avila, já que usamos também na produção dos calçados, borra de café. E lançaremos nosso tênis no evento em outubro. Saímos daqui com uma imagem linda dos pescadores, e com uma oportunidade magnifica para industrias que queiram vir pra o Rio, usar essa matéria prima retirada por eles dos mangues e encostas. Com esse acordo, mais de 200 famílias de pescadores vão ser beneficiadas”, afirmou o empresário.

Para o presidente da FEPERJ, Luís Cláudio Stabille Furtado, o ideal seria ter uma unidade da indústria de processamento aqui no Brasil, preferencialmente no Rio de Janeiro, junto aos pescadores: “em 30 dias os pescadores da colônia Z-8 em São Gonçalo, retiram pelo menos 22 toneladas de lixo flutuante e resíduos sólidos, encontrados na costa e manguezais da região. É imensurável a quantidade de plástico que ainda se encontram na região. Por isso essa parceria tem tudo para dar certo, além de beneficiar o meio ambiente, vamos também ajudar os pescadores“.

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