Uma operação conjunta entre a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, o Inea e a DPMA flagrou irregularidades em uma empresa de banheiros químicos em Higienópolis, bairro da Zona Norte carioca, nesta quinta-feira (6).
Os equipamentos, que eram usados megablocos do Carnaval do Rio, não contavam com os cuidados adequados de higienização. A empresa responsável pelos banheiros químicos fazia o descarte incorreto dos resíduos orgânicos, segundo as autoridades.
De acordo com os fiscais, além dos problemas de higienização, a empresa não apresentou a documentação exigida para a prestação do serviço.
Em algumas cabines, ainda havia dejetos, contrariando a legislação, que exige a limpeza total dos equipamentos com caminhões a vácuo para que o meio ambiente não seja contaminado. Também pela legislação, o descarte das fezes e da urina deve ser feito nos locais indicados pelo governo.
A ação resultou do trabalho de inteligência encabeçado pela Superintendência de Combate aos Crimes Ambientais (SUPCCA), que monitorou a coleta de resíduos nos megablocos durante o período da folia.
A empresa responsável pelas cabines foi autuada pelo não cadastramento da sua frota junto ao Procon Fumaça Preta e pelo descumprimento das exigências ambientais. As multas variam entre R$ 150 mil e R$ 200 mil.
No galpão da empresa, além de terem encontrado restos de resíduos orgânicos, os fiscais também verificaram a presença de produtos de limpeza vencidos. O responsável técnico pelo serviço foi autuado por poluição atmosférica e falta de licença.
A Prefeitura do Rio, por sua vez, foi notificada para justificar a contratação da empresa. As investigações sobre o caso prosseguem, com novas medidas podendo serem impostas pelas autoridades ambientais.