Empresários do setor de serviços do RJ esperam melhora na economia para o próximo trimestre

Levantamento da Fecomércio RJ mostra que quase 80% dos comerciantes enxergam a possibilidade de avanço no cenário econômico

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
Foto: (Reprodução FDR)

Os empresários do setor de serviços estão mais otimistas. Com o avanço da vacinação no estado do Rio, com mais de 95% da população adulta imunizada, a retomada econômica já se reflete nos negócios. É o que revela a pesquisa da Fecomércio RJ com comerciantes do segmento, realizada entre os dias 1º e 6 de dezembro, e que analisa a média dos meses de outubro, novembro e dezembro. Os empresários de serviços revelam avanços, mas a expectativa para o futuro segue estável.  

Com a liberação de boa parte das atividades, mesmo com algumas restrições, a expectativa sobre a retomada econômica se consolida e continua animando os empresários. Em relação às expectativas dos entrevistados para os próximos meses, 77,5% afirmam que esperam que a situação de seus negócios melhore ou melhore muito, marcando leve queda de 0,4 ponto percentual em relação à pesquisa anterior. Neste novo levantamento, apenas 16,2% dos entrevistados afirmam que a situação deve continuar igual. Outros 6,4% creem numa piora ou piora acentuada na situação de suas empresas. 

O estudo mostra, ainda, que para 31% dos empresários a situação de seus negócios melhorou ou melhorou muito nos últimos três meses, esse é o melhor percentual da séria histórica, desde o trimestre final de 2020. Esse resultado impulsionou o índice de negócios na situação presente, que atingiu o valor recorde de 95,8 pontos. Ainda assim, para 33,2% dos entrevistados, houve piora ou muita piora na situação atual do negócio. Outros 35,8% acreditam que a situação do seu empreendimento permaneceu igual. 

Quando questionados sobre os principais fatores que atualmente limitam o seu negócio, 47,6% dos empresários apontam a demanda insuficiente e outros 41,5% indicaram as restrições financeiras. Além disso, para 10,9% a falta de espaço e/ou equipamentos é um dos principais impeditivos e, por fim, a falta de mão de obra é apontada por 10,9% dos entrevistados. 

Demanda por bens e serviços 

O número de empresários que afirmam que a demanda diminuiu ou diminuiu muito pelos serviços e bens de suas empresas nos últimos três meses apresentou a quinta queda consecutiva nesse no período, contribuindo para que o índice de comportamento da demanda voltasse a crescer, atingindo nova marca recorde de 91,3 pontos, maior valor da série. 

Sobre as expectativas para as demandas no próximo trimestre, 64,8% dos empresários esperam que haja algum tipo de aumento, revelando estabilização das expectativas positivas. Apenas para 11,1% dos respondentes, haverá diminuição ou diminuição acentuada na busca por produtos e serviços de suas empresas. Outros 24,1% acreditam que a situação do seu empreendimento permaneceu igual. 

Empregos 

Em relação ao quadro de funcionários nos últimos três meses, 15,8% afirmam que diminuiu bastante e outros 19,3% dos entrevistados informaram que diminuíram de alguma forma. Além disso, apenas 7,5% disseram que houve algum tipo de aumento das contratações. As vagas que surgiram foram suficientes para levar o índice de emprego ao maior patamar da série, 78,4 pontos. 

Neste mês, 56,9% afirmam que esperam manter o número de empregados pelos próximos três meses, marcando crescimento na expectativa. O percentual de empresários que devem demitir está em 17,2%. Outros 26% de entrevistados devem aumentar de alguma forma seu quadro de funcionários nos próximos meses. 

Preço dos fornecedores e estoques 

De acordo com os comerciantes, os preços dos fornecedores se mantiveram em patamares altos: 90,5% perceberam algum aumento nos preços – a percepção está adequada com o índice de preços para região metropolitana do Rio de Janeiro, que registra em outubro acumula 9,36% em 12 meses. Além disso, para o Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), essa percepção no aumento dos preços, por parte dos fornecedores, já pode indicar um reflexo de altas nos custos devido ao valor dos combustíveis e também da energia elétrica. 

Em relação ao abastecimento dos estoques, no último trimestre 39,7% dos empresários afirmaram que ficou abaixo do planejado, a ponto de fazerem novos pedidos, reforçando a melhora na situação presente. Para 52,3%, a quantidade se manteve em relação ao esperado, e apenas 8,1% ficaram com estoque acima do planejado. 

Inadimplência 

O índice de inadimplentes ou muito inadimplentes entre as empresas é de 24,7% nesta sondagem. O número de empresários que não ficaram com restrições apresentou nova alta, atingindo 54,4%.  Entre os que ficaram inadimplentes, os gastos são associados a aluguel (31,4%), fornecedores (28,8%), bancos comerciais (27%), tributos federais (28,5%), luz (24,8%), parcelamentos de tributos com pagamento interrompido (21,2%), telefone fixo e celular (17,9%), tributos municipais (15,3%), e Previdência/INSS patronal (14,6%). 

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Empresários do setor de serviços do RJ esperam melhora na economia para o próximo trimestre

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui