Empresários e comerciantes protestam na Zona Sul do Rio contra medidas restritivas da Prefeitura

Manifestação aconteceu neste domingo (07), de maneira pacífica, na orla que abrange Ipanema e Leblon

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Protesto na Zona Sul do Rio neste domingo (07) - Foto: Cleomir Tavares/Diário do Rio

A orla que abrange os bairros de Ipanema e Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, recebeu, no fim da tarde deste domingo (07), um protesto organizado por empresários, comerciantes e trabalhadores do setor gastronômico em geral contrários às novas medidas restritivas no combate à Covid-19 na capital fluminense, publicadas em decreto oficial pela Prefeitura na última quarta-feira (03) e iniciadas na sexta (05).

Tendo início no Arpoador, a passeata ocupou meia pista da Avenida Vieira Souto, em Ipanema, e foi em direção à Avenida Delfim Moreira, no Leblon. Entre as reclamações dos manifestantes estavam o horário de funcionamento dos bares e restaurantes, isto é, das 06h às 17h, e a proibição da abertura de quiosques e da atuação de vendedores ambulantes e barraqueiros tanto na faixa de areia das praias quanto na orla em si.

”Não concordamos com o horário de fechamento [17h]. É um absurdo. Queremos um horário acessível para todos. Queremos fazer com que o prefeito [Eduardo Paes] consiga enxergar o nosso lado”, disse o presidente do Polo Mais Ipanema, Thiago Moura, à reportagem do DIÁRIO DO RIO.

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Thiago Moura, presidente do Polo Mais Ipanema – Foto: Cleomir Tavares/Diário do Rio

Já Hélio Borba, do Dom Hélio Forno & Grill, diz que a situação é desesperadora. Ele ainda ressalta que não é um empresário ”com dinheiro” e que não tem poder aquisitivo nem para pagar as possíveis rescisões com funcionários, caso isso seja necessário.

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Hélio Borba, dono do Restaurante Dom Hélio – Foto: Cleomir Tavares/Diário do Rio

”Antes da pandemia, consegui abrir meu negócio, após anos trabalhando como empregado. Estamos pagando as contas por ter ficado parados durante um ano [2020]. Agora, fechando novamente, eu lamento, mas não tenho condições. Trabalho no dia a dia para pagar minhas contas. Não sou empresário com dinheiro nem com riquezas. Se não voltar logo, vou ter que abandonar o negócio, e os meus 108 funcionários, os quais considero ‘colegas de trabalho’, vou ter que deixá-los na mão. Não tenho dinheiro nem para bancar a rescisão deles”, disse.

Vale ressaltar que, apesar do tom de protesto, o ato transcorreu de maneira pacífica durante todo o trajeto realizado.

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11 COMENTÁRIOS

  1. Com certeza estas medidas restritivas são um absurdo. Onde está a comprovação científica de que isto dá algum resultado? Ao contrário, são várias as evidências de que, além de não resolver, piora a situação de saúde e econômica.

  2. Restaurantes e bares sempre lotados com valores altissimos e aglomeraçoes de jovens todas as noites ..Debocham dos doentes e mortos de covid ..Agora, essa palhaçada de passeata.. Esse filme ja passou em Manaus e vimos as consequencias terríveis nos hospitais por la!! O Prefeito do Rio de janeiro está certissimo fechar as 17h e multar quem desobedecer…Tem que perder o Alvará!!!

  3. A hipocrisia por trás deste decreto é algo tão imoral e insano, que segundo essa estupidez, podemos dizer que o problema está nos bares e restaurantes, mas as pessoas ficarem em BRTs, trens, metrôs e barcas lotados, não tem o menor problema! Queria entender a lógica genocida dessa atitude. Ah já sei… não podemos mexer nos negócios da família Barata e Cia, isso é sagrado para “alguns”. Enquanto aos outros, bem… os outros “Fiquem em casa” e morram de fome!

  4. Vi de perto o tal protesto. Meia dúzia de gatos pingados nitidamente pagos (ou forçados) por comerciantes a andar na orla. Chegou até ser meio deprimente vendo os grupos depois se organizando para ir pra casa.

    Cai 3 Boeing por dia no país e estes comerciantes fazendo isto.

    Não me admira um jornal como este fazer uma cobertura como esta.

  5. Se querem que os trabalhadores parem com suas atividades que as autoridades assumam suas despesas e mantenham a remuneração dos funcionarios e uma renda aos comerciantes caso contrário deixe que a população decida se querem ou não ficarem em casa porque só sabe onde o valor aperta quem calça p sapato .

  6. É isso aí! Precisam fazer valer seus direitos!!! Donos de bares e restaurantes também precisam alimentar suas famílias e pavar contas. Todos contra as ações da prefeitura e contra essa desgraça desse Lockdown

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