Entrada em eventos-teste no Rio poderá ser feita apenas com o ‘passaporte da vacina’

Decreto da Prefeitura exclui a necessidade de apresentação conjunta do teste negativo para Covid e comprovante de vacinação

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Público presente na Festa Esbórnia em 09 de outubro de 2021
Público presente na Festa Esbórnia em 09 de outubro de 2021 - Foto: Reprodução/Internet

Um decreto publicado pelo Prefeito Eduardo Paes, nesta quinta-feira (14/10) dispensa a obrigatoriedade da apresentação conjunta do teste negativo para Covid-19 e do comprovante de vacinação para eventos-teste no Rio. A partir de agora, tanto o público, como os artistas e demais trabalhadores das festas poderão optar por apenas um dos documentos para ingressar nos locais.

Desde o final de de agosto, é necessário apresentar o exame negativo de Covid-19, feito no período de 48h antes do evento. Junto a ele, o comprovante de vacinação, que segue sem poder ter atrasos.

Evento-teste: festa na Barra tem aglomeração e desobrigação do uso de máscaras; especialistas divergem

No último sábado (09/10), o Parque dos Atletas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, recebeu a festa de música eletrônica ”Esbórnia”, que funcionou como um evento-teste da Prefeitura da capital fluminense em relação à possível propagação do Coronavírus.

Ao todo, foi autorizado que até 4 mil pessoas estivessem no local, e todos deviam apresentar teste negativo para Covid-19 e o comprovante de vacinação. Não havia obrigatoriedade do uso de máscaras.

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Isso, no entanto, gerou opiniões divergentes de alguns especialistas. Em entrevista ao programa ”Bom Dia Rio”, da ”TV Globo”, Margareth Dalcomo, pneumologista e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), afirmou que, embora seja realmente necessário testar a propagação do vírus, a quantidade de pessoas liberadas para estar no evento é elevada, tornando-se perigosa.

Não me parece plausível que 4 mil pessoas jovens, sem máscara, tenham sido checadas em relação ao ‘passaporte de vacina’ e, eventualmente, até com teste de Covid. Mas, ainda que isso tenha ocorrido, sabemos que esses testes rápidos, feitos na hora, apresentam uma sensibilidade que deixa muito a desejar. Eu considero que essas aglomerações ainda são muito perigosas”, disse.

Tânia Vergara, presidente da Sociedade de Infectologia do Estado Rio de Janeiro (Sierj), por sua vez, opinou que a festa é válida, já que as pessoas presentes serão monitoradas visando a análise de dados de contágio pós-evento.

”As pessoas serão rastreadas após o evento para detectar ou não o aparecimento de Covid. Espero que sejam rastreadas não só elas, como as pessoas que forem eventuais contatos nos próximos 15 dias, pois essas pessoas também podem levar a doença para alguém. Então, eu acho que é um teste que vale a pena”, afirmou.

Prefeitura do Rio avalia fim do uso de máscaras em novembro

No início do mês, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, falou sobre o uso de máscaras no município. Segundo ele, em novembro, com 100% da população vacinada, será possível pensar no fim das máscaras.

Nos eventos-teste, onde a população está totalmente testada – o teste a vacina são garantias – é outro panorama. Temos 65% da população totalmente vacinada. Em novembro, com 100% da população totalmente vacinada, é um momento mais propício para debater o fim das máscaras”, disse.

A exceção, por enquanto, em relação ao uso de máscaras são os eventos-teste autorizados pela Prefeitura, onde os cariocas poderão ficar sem o item de proteção individual.

“Não é simples. Vamos completar dois anos de pandemia. Mas nesse momento, nosso entendimento é que não se pode abolir o uso de máscara na cidade do Rio”, completou.

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