
As escolas de samba Império Serrano, Unidos da Ponte e Unidos de Bangu, que desfilam na Série Ouro, considerada a 2ª divisão do Carnaval do Rio de Janeiro, diretamente afetadas por um incêndio de grandes proporções em uma fábrica de confecção da fantasias e adereços em Ramos, Zona Norte da capital fluminense, na manhã desta quarta-feira (12/02), não serão rebaixadas em 2025. O anúncio foi feito pelo prefeito carioca, Eduardo Paes, que utilizou uma expressão de origem francesa para afirmar que as três agremiações não estarão disputando com as demais.
”Conversei agora com o presidente Hugo Júnior, da Série Ouro, que me deu mais detalhes das 3 escolas afetadas pelo incêndio de hoje em Ramos. Já tomamos a decisão de que, independente de qualquer coisa, as escolas não serão rebaixadas no carnaval desse ano. Havendo possibilidade de desfilar, as três serão consideradas ‘hors concours”’, disse ele, via X, antigo Twitter.
Paralelamente, Paes, que não está no Rio, afirmou que o Município, interinamente comandado por Eduardo Cavaliere, dará apoio às escolas afetadas.
”Como estou em Brasília, o vice-prefeito, Eduardo Cavaliere, está acompanhando de perto a situação. Deixo o meu abraço aos componentes do Império Serrano, da Unidos da Ponte e da Unidos de Bangu, agremiações que tanto orgulham o Carnaval carioca. A Prefeitura do Rio estará ao lado de vocês”, concluiu.
Conversei agora com o presidente Hugo Júnior da série Ouro que me deu mais detalhes das 3 escolas afetadas pelo incêndio de hoje em Ramos. Já tomamos a decisão de que , independente de qualquer coisa, as escolas não serão rebaixadas no carnaval desse ano. Havendo possibilidade…
— Eduardo Paes (@eduardopaes) February 12, 2025
A Série Ouro tem seus desfiles na Marquês de Sapucaí. O da Unidos da Ponte acontecerá no dia 28/02 (Sexta-feira de Carnaval), enquanto que o da Unidos da Ponte e do Império Serrano no dia 01/03 (Sábado de Carnaval).
O incêndio
No início da manhã desta quarta, um grande incêndio atingiu uma fábrica de roupas personalizadas em Ramos. A empresa, chamada Maximus Confecções, ocupa o número 145 da Rua Roberto Silva, a cerca de 500 metros da quadra da escola de samba Imperatriz Leopoldinense.
A fábrica é uma das principais fornecedoras de fantasias e adereços para as agremiações das divisões de acesso do Carnaval carioca e contava com aproximadamente 100 pessoas em seu interior na hora do incêndio, devido ao intenso ritmo de trabalho.
A ”TV Globo” mostrou ao vivo o início do resgate das pessoas, que ficaram penduradas nas janelas da fábrica buscando respirar em meio à fumaça preta que ocupava o interior do prédio. Até a publicação desta reportagem, 17 pessoas haviam sido resgatadas. Deste total, 13 estavam feridas, sendo nove em estado grave. Não há informações sobre possíveis mortes.
Impressionante como essa gente que se diz “defensora da cultura” quer muitos direitos, mas NENHUMA responsabilidade!
Trabalho escravo pra escola de samba pode?