Esqueletos de Automóveis e outros detritos ocupam ruas e calçadas de Santa Teresa

A ocupação dos espaços públicos do bairro histórico por automóveis destruídos, lixo e detritos é um problema recorrente, sem contar o uso de suas calçadas como lixeira nas proximidades do número 286 da Almirante Alexandrino

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Com os pneus arriados, bloqueia a linda vista e a passagem que poderia ser usada por turistas e freqüentadores do bairro. (Foto de 2 anos atrás, hoje está muito pior)

Uma caminhada por um dos mais turísticos bairros do Rio mostra o uso de suas ruas e até calçadas como um preocupante depósito de automóveis arruinados, destruídos, verdadeiros esqueletos. A ocupação dos espaços públicos do bairro por automóveis destruídos, lixo e detritos é um problema recorrente.

“Parece que as autoridades têm preguiça de subir até Santa Teresa e verificar que nossas calçadas viraram crateras lunares, nossa pracinha está abandonada, e nem vou falar da quantidade de automóveis velhos, abandonados, com os 4 pneus arriados, por todo o bairro”, diz uma senhora que se identificou como Naná, que encontramos ao vistoriar a Praça Odylo Costa Neto, cujo mau estado foi objeto de uma outra de nossas reportagens. A moradora chamou a atenção da reportagem para o uso das ruas de Santa Teresa como cemitério de veículos, o que verificamos ser verdade.

A reportagem encontrou quase 10 carros em situação de abandono, em apenas 25 minutos de caminhada. Dois deles, na rua Filadélfia, uma das mais nobres do bairro (um fusca totalmente podre e um fiat abandonado que virou viveiro de ratos). Uma kombi-baú bege, com pneus arriados há tempos, jaz na rua Dias de Barros, em frente ao Mirante do Curvelo, e encobrindo a vista! De dia, funciona como uma espécie de venda. O Mirante, um dos mais bonitos do Rio de Janeiro, sofre com a má conservação; anos atrás, a queda de uma árvore danificou parte da balaustrada e do piso, jamais tendo sido consertado. Na Almirante Alexandrino, entre o famoso edifício Raposão (o que tem uma piscina enorme, hoje interditada, debruçada sobre a linda vista do bairro) e a Delegacia de Policia, encontramos mais uma meia dúzia de carros largados pelas ruas, apenas em um pequeno trecho.

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Carcaças de carros abandonados são encontradas pelas ruas de Santa Teresa. | Foto: Rafa Pereira – Diário do Rio

Na Rua do Aqueduto, paralela à Almirante Alexandrino na altura do Hotel Santa Teresa, encontramos três esqueletos de automóveis despedaçados, enferrujados, largados no meio da rua, como numa espécie de ferro velho ou cemitério automobilístico.

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Uma outra kombi branca em estado de destruição foi encontrada pela reportagem na Rua Ocidental, na altura do número 580. Na altura do número 103 da rua Leopoldo Fróes, via nobre do bairro nas proximidades do supermercado Big Market, funciona uma espécie de oficina mecânica, que parece consertar e/ou armazenar diversos carros em mau estado bem no meio da rua.

Outro problema do qual muitos moradores se queixam é o acúmulo de lixo já institucionalizado na calçada oposta ao número 301 da Almirante Alexandrino – o Castelinho São Fernando, em dois pontos: junto ao número 286 e bem no entroncamento da Almirante Alexandrino com a escadaria que vem da André Cavalcanti, onde também se encontram 5 orelhões da OI depredados e inoperantes. Nestes pontos, o lixo fétido se acumula, provavelmente proveniente das invasões de alguns imóveis próximos. Ali, também, a calçada está totalmente arrebentada.

Em frente ao supermercado e à delegacia de polícia do Bairro, um já tradicional artesão vende objetos e lembranças – inclusive alguns muito graciosos – mas ao mesmo tempo utiliza a calçada pública como armazém de materiais e objetos que utiliza para realizar suas obras. Tudo que vende é muito bonito, mas usa o espaço também para armazenar materiais, madeiras, e caixas e mais caixas de matéria prima para suas obras. A pilha é enorme, e talvez seja também mais um exemplo de má utilização do espaço público: deixa a calçada quase intransitável e bloqueia o uso da escada que dá acesso à rua de cima, com a quantidade de lixo que acumula (fotos abaixo), em que pese seu stand de vendas em forma de bondinho seja realmente bonito.

Mais um exemplo de desordem em Santa Teresa pode ser verificado nas fotos acima, com a utilização de toda uma calçada por um talentoso artesão, que não só vende seus artigos como armazena muito material e também lixo no espaço público, que utiliza como se fosse seu próprio depósito.

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14 COMENTÁRIOS

  1. Matéria altamente tendenciosa, com certeza paga por algum interesse escuso. Verifique as “denúncias” antes de publicar, parece que virou moda a imprensa marrom! Desinformação é crime.

  2. Bolinha é um food truck raiz, há anos vendendo refrigerantes e lanches no Curvelo, inclusive aos visitantes que chegam de bonde.
    Qto aos pneus arriados, são de propósito para evitar roubo. E mesmo assim já foi arrombada mais que uma vez e levaram o que puderam.
    Getúlio um ícone do bairro há anos sem incomodar ninguém, inclusive está junto à delegacia do bairro.
    Deixem os raízes trabalharem em paz.

  3. A Kombi não está abandonada é um food truck raiz, há anos vendendo refrigerantes e lanches no Curvelo.
    Qto aos pneus arriados, são de propósito para evitar roubo. E mesmo assim já foi arrombada mais que uma vez e levaram o que puderam.
    Getúlio um ícone do bairro e também está ali há anos sem incomodar ninguém, inclusive está junto à delegacia do bairro.
    Parem de procurar problema onde não tem!
    Deixem os raízes trabalharem em paz.

  4. Santa Teresa tem vários problemas, mas entre eles não estão, definitivamente, nem Mestre Getúlio nem o Bola no Curvelo. Matéria vazia, sem nenhuma pesquisa jornalística de fato.

  5. Realmente, antes de ler a reportagem, analisei a foto da Kombi e percebi que a mesma não está abandonada. A legenda da foto cita que a mesma está “com os pneus arriados”, o que visivelmente não condiz com a fotografia.

    Porém, o mais intrigante é o texto final da legenda: “(Foto de dois anos atrás, hoje está muito pior)”. Estranho, a reportagem, não se dar ao trabalho de ir ao local para publicar imagens atuais e condizentes com o título da matéria, pois nas outras duas fotos, aparecem comerciantes informais trabalhando com o ambiente ao seu redor muito bem cuidado por sinal.

    Antes de abrir o arquivo da reportagem, pensei que encontraria um relatório fotográfico com várias carcaças de veículos abandonados, lixo e entulho espalhados, porém não foi isto o que aconteceu.

    Querem publicar uma matéria assim, a respeito de um bairro mal cuidado? Basta ir a Copacabana.

    • A Kombi está com os 4 pneus arriados. Eu estive lá e vi.

      E o jornal deu os endereços onde estão os carros abandonados. Se nao tirou foto, vai ver teve medo. Tanto bandido nessa cidade, que o pessoal fica com medo.

  6. Obrigado a todos que estão me defendendo
    Esse diário deveria se informar melhor tenho a kombi a uns 3 anos no Curvelo lugar que trabalho a dezenove anos sempre lutando por melhorias ali e pelo bairro todo tem dois pneus vazios porque estavam roubando kombi de lanche no bairro agora ninguém do diário fala sobre a segurança no bairro ali mesmo tive a kombi arrombada 5 vezes sou conhecido como bolinha todos me conhecem no bairro e sabe da minha índole da li sustento meu filho e pago minhas contas graças a Deus sem nunca ter pego nada de ninguém vocês deveriam parar de querer prejudicar os outros tenho 44 anos nascido e criado nesse bairro que eu amo

  7. Lendo os comentários das outras pessoas, vejo que o diário do rio se precipitou em fazer a reportagem (ou ao acatar as denúncias). É sempre bom averiguar a veracidade das informações.

  8. A Kombi não está abandonada. E o Getúlio é um tradicional artista plástico da região. Todos os moradores gostam dele. Deixem o Rio em paz, lacaios de imobiliária.

  9. A Kombi não está abandonada é um food truck raiz, há anos vendendo refrigerantes e lanches no Curvelo.
    Getúlio também está ali há anos sem incomodar ninguém, inclusive está junto à delegacia do bairro.
    Parem de procurar problema onde não tem!

  10. Engraçado ninguém se preocupa com suas contas como vc sustenta sua casa ,como alimento meu filho são dezenove anos de Curvelo
    Graças a Deus conhecido no bairro todo com meu trabalho agora querer prejudicar eu e o Getúlio é sacanagem

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