Estado do Rio recebe apenas R$ 16 de cada R$ 100 arrecadados em impostos

Dados da Receita Federal e CGU revelam desigualdade na distribuição de tributos entre os estados

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Imagem gerada por Inteligência Artificial

Um levantamento realizado a partir do cruzamento de dados da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) revela um país dividido entre estados pagadores e estados recebedores de impostos. O Rio de Janeiro está entre os que mais contribuem à União, mas recebe uma parcela mínima de retorno: de cada R$ 100 arrecadados em tributos federais, apenas R$ 16 voltam ao estado.

No outro extremo, estados como o Acre têm um saldo amplamente positivo. Para cada R$ 100 enviados à União, o estado recebe de volta R$ 295, quase três vezes mais do que arrecadou.

Distribuição desigual de recursos penaliza estados mais ricos

A desigualdade na distribuição tributária não afeta apenas o Rio de Janeiro. Em 2022, os 27 estados brasileiros arrecadaram um total de R$ 2,218 trilhões em impostos repassados ao governo federal. No entanto, receberam de volta apenas R$ 607,8 bilhões, o que representa menos de um quarto do total arrecadado.

Essa dinâmica evidencia o favorecimento de estados que geram menos riqueza e arrecadam menos impostos, em detrimento dos que contribuem com uma fatia maior da receita federal. As regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, que concentram a maior parte da produção econômica do país, são as mais prejudicadas por esse modelo de distribuição.

No caso do Rio de Janeiro, essa perda de recursos impacta diretamente investimentos em infraestrutura, políticas públicas e segurança, reduzindo a capacidade do estado de financiar melhorias essenciais para sua população.

O debate político sobre o modelo de distribuição tributária

Defensores do atual pacto federativo, em sua maioria progressistas, argumentam que essa redistribuição de recursos é necessária para equilibrar desigualdades regionais e reparar distorções históricas que deixaram estados do Norte e Nordeste em condições socioeconômicas desfavoráveis. No entanto, críticos apontam que, mesmo após décadas de favorecimento, os indicadores sociais desses estados permanecem estagnados, levantando dúvidas sobre a real eficácia dessa política.

Para setores mais conservadores, a explicação é clara: o desenvolvimento econômico se dá pela produção, geração de emprego e aumento da produtividade. No entanto, o destino dos recursos transferidos pela União levanta questionamentos. Grande parte desses valores é direcionada para políticas assistencialistas de curto prazo, que garantem apoio político imediato, mas não promovem crescimento sustentável.

No fim das contas, o modelo atual de repasses pode estar contribuindo para a perpetuação do chamado “voto de cabresto”, mantendo dependência financeira de estados menos desenvolvidos em relação ao governo federal, sem estimular avanços econômicos reais.

O debate sobre a reforma do pacto federativo segue como um dos desafios estruturais do país, especialmente para os estados que sustentam grande parte da arrecadação nacional, mas veem poucos recursos retornarem em investimentos e melhorias para suas populações.

Com informações do Coisa de Política.

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8 COMENTÁRIOS

  1. Décadas de políticos roubando o N e NE e querem remendar agora transferindo bilhões a eles? Onde está a responsabilidade fiscal? Onde está a justiça para colocar vagabundos disfarçado de político na cadeia?

  2. Esse retorno é relativo a restituição do governo federal. Mas não esqueçamos que o ICMS do estado do RJ é o maior em quase todos os produtos em relação aos demais entes da federação.

  3. E é exatamente isso, lá atrás no segundo governo do Eduardo paz, ele já teria comentado sobre essas aberrações dás desigualdades quê o Rio dê janeiro sofre contribuindo com o máximo,e tendo o mínimo como retorno,e onde anda os deputados federais,os senadores quê representam o Rio dê janeiro,um bando dê calhordas quê não têm nenhum interesse em defender o estado do Rio dê janeiro, diferentemente dos políticos dos outros estados brasileiros, quê contribuem com quase nada e têm o máximo como retorno, têm estados dê grande capital do Brasil quê está reenvidicando á construção dê um aeroporto prá cidade, e eles já pediram até a desativação do aeroporto do Galeão, o mais importante pára o turismo internacional no Brasil, mais não é dê se espantar, além dê um político ex senador dê um grande estado têr tirado o ICMS cobrado sobre os combustível nas origens, quê no caso era o Rio dê janeiro, e o senador conseguiu quê á cobrança fosse cobrado no destino quê era em seu estado, nossos políticos do Rio dê janeiro é uma vergonha só pensam no bem estar deles,bando dê canalhas,e os miseráveis estão vindo pára o Rio dê janeiro, e ás favelas cada vez mais se expandindo, assim como á bandidagem,

  4. Perfeito, mas não é só isso. Os estados que mais contribuem ficam no pior dos mundos. Repassam suas riquezas para os estados mais pobres e, ainda por cima, recebem os pobres, o excedente de população desses mesmos estados mais pobres. O que pressiona nas vagas nas escolas públicas, hospitais, políticas públicas etc. Sem compensação. No caso do Rio, pioram o problema da desordem urbana, leia-se favelização. Sem preconceitos, pois sei que as pessoas estão aqui por uma vida melhor, mas algumas favelas são o nordeste em peso, vide Rocinha, Rio das Pedras, Jacarezinho.

    • Exato! Herança maldita do FHC.

      Outra questão é que o RJ é obrigado a passar boa parte do que arrecada para a União por conta do Plano de Recuperação da Dívida. E ainda tem o repasse de roylaties de petróleo.

      Tudo isso articulado por políticos de direita que ODEIAM o RJ.

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