O Rio de Janeiro tem hoje a menor taxa de desemprego desde o 3º trimestre de 2016: 12,6%, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do IBGE. Conforme dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no primeiro semestre de 2022, foram gerados 104.144 empregos com carteira assinada no estado. O número teve um aumento de 55,32% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. O retorno ao mercado de trabalho já é comemorado pelos trabalhadores que fazem planos para o futuro.
A operadora de telemarketing Débora Silva de Jesus, de 32 anos, moradora de Olaria, na Zona Norte do Rio, que ficou desempregada por seis meses, está trabalhando com carteira assinada desde julho. Débora conta que chegou a pedir doação de cesta básica chorando enquanto estava desempregada. A reinserção da operada no mercado de trabalho reflete de forma positiva no seu dia a dia.
“Conseguir um emprego de carteira assinada foi um alívio muito grande. Agora posso comprar comida decente para a minha casa. Cheguei a não ter o que comer e pedi ajuda chorando para conseguir a doação de uma cesta básica”, disse, emocionada, Débora.

O Rio de Janeiro foi o terceiro estado que mais gerou empregos em 2021, quando foram criados 184.389 postos de trabalho formal (atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais). Esse resultado é 218,2% maior que o saldo do ano anterior, segundo o Caged. Em 2020, o saldo de trabalho formal no estado tinha sido negativo: – 150.805 postos.
O avanço da empregabilidade no estado também se deve à desburocratização que favoreceu a atração de novas empresas e investimentos. De setembro de 2020 a julho de 2022, 137.972 empresas foram abertas no Rio de Janeiro: 23.865 de setembro a dezembro de 2020; 72.894 em 2021, um recorde histórico nos 214 anos da Junta Comercial do Estado; e 41.213 de janeiro a julho de 2022.
Quem também comemora a abertura de novas oportunidades é o morador de Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio, Deivison Santos da Silva, de 43 anos. Ele estava há oito meses desempregado e retornou ao mercado de trabalho, em maio passado, com carteira assinada. De acordo com Silva, no período em que ficou desempregado, ele desempenhou várias funções, desde ajudante de pedreiro até funcionário de limpeza.
“Estou trabalhando como vigia no Recreio dos Bandeirantes. Fiquei muito feliz em voltar a ter emprego de carteira assinada. Perdi meu emprego em uma multinacional durante a pandemia. Tenho uma filha de 16 anos que depende de mim. Agora, planejo fazer cursos para melhorar o meu salário”, comentou Silva.