Estado do Rio tem recorde de sequestros forjados; número é maior que o de sequestros reais

Investigadores estimam que, no ano passado, a apuração de sequestros simulados tenha representado mais de um terço do volume total de trabalho da Delegacia Antissequestro

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Foto: Reproduçao/Redes Sociais

Farsas viraram rotina para investigadores da Delegacia Antissequestro: somente no ano passado, a especializada solucionou 11 casos de sequestros falsos, em que os autores forjaram a situação com o objetivo de conseguir tirar dinheiro de amigos e parentes. O número de casos do tipo, segundo agentes da DAS, representa um recorde absoluto na história da delegacia.

A quantidade chega a superar o número total de sequestros verdadeiros registrados em todo o estado do Rio nos últimos cinco anos: segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), desde 2020, foram dez casos — cinco deles em 2024.

Investigadores estimam que, no ano passado, a apuração de sequestros simulados tenha representado mais de um terço do volume total de trabalho da DAS, que também atua nos casos de extorsões mediante sequestro, os chamados sequestros-relâmpago. Apesar de as histórias serem inventadas, o protocolo de investigação é exatamente o mesmo de ocorrências verdadeiras, com a quebra de sigilos dos envolvidos e operações para busca de cativeiros.

Em alguns casos, relatados pelo jornal “O Globo”, a pessoa simula uma situação de sequestro para pedir dinheiro de resgate aos próprios familiares. Um deles, chegou a pagar um vizinho usuário de drogas para que o agredisse com uma vara de madeira e tornasse a história mais verossímil. Ele acabou denunciado pelo Ministério Público por estelionato, admitiu o crime e assinou acordo de não persecução penal, homologado pela Justiça. O vício em apostas on-line está por trás deste e de diversos casos solucionados pela DAS.

Embora os sequestros sejam falsos, os envolvidos estão sujeitos a penas reais: há casos elucidados pela DAS em que os autores podem ser condenados a até 20 anos de prisão.

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1 COMENTÁRIO

  1. Essas pragas que simulam o próprio sequestro não são diferentes dos assassinos, traficantes e de outros criminosos. Prisão perpétua. A Justiça brasileira deveria fazer o que Bukele fez em El Salvador.

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