Na esquina da Joaquim Nabuco com a Avenida Atlântica, funcionou por muito tempo o restaurante Pigalle, com seu notório rodízio de petiscos. Ao lado dela, funcionou outra casa conhecida em sua época: o Imperator. Os restaurantes fecharam, como consequência da pandemia, mas deixaram uma herança que pode ser funesta: uma armação em ferro, toda enferrujada, que, além de ser fixa no chão de pedras portuguesas (o que é proibido no local, pois o calçadão de Burle Marx é tombado), enfeia o local e pode causar riscos aos transeuntes. A anomalia pode ser vista em frente ao número 4.206 da avenida mais famosa da princesinha do mar.
A armação deteriorada fica a poucos metros do Hotel Faimont e do Shopping Cassino Atlântico, sendo área de grande fluxo de pessoas. Uma instalação semelhante foi erguida pelo Hotel Selina, na esquina da rua Almirante Gonçalves, a poucos metros dali, e prontamente as autoridades ordenaram sua demolição, após reportagem do DIÁRIO DO RIO e da rádio BandNews.
Segundo o Secretário Municipal Chicão Bulhões disse ao Diário do Rio por ocasião da reportagem sobre a outra estrutura – que será em breve derrubada, sob pena de gorda multa, não é permitida a colocação de construções fixas no calçadão tombado, e sim apenas mesas, cadeiras, ombrelones e jardineiras móveis. A matéria sobre a construção ilegal foi uma das mais lidas no último final de semana.
Como o pau que dá em Chico, tem que dar em Francisco, imagina-se que as autoridades tomem a mesma atitude contra o proprietário deste imóvel, ainda mais que, no caso presente, a ferrugem pode ocasionar algum acidente, sem contar o dano ao patrimônio tombado.
E aí, Doutor Chicão, já acionou a Secretaria de Obras e sabe para que ferro velho vai o desmonte, ou vai esperar cem anos para receber multas de restaurantes falidos e hotéis de oportunistas?
A Prefeitura que, de alguma forma, se locupletou com a cobrança de taxas e impostos, deveria providenciar imediatamente a remoção da estrutura e, depois, tentar reaver suas despesas com o antigo locatário.