Estudo da Fiocruz aponta aumento nas internações por complicações respiratórias de crianças até 9 anos

Entretanto, o levantamento destaca que o motivo da internação não é necessariamente a Covid-19, ou seja, a causa pode ser outra condição respiratória

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Foto: Reprodução/TV Globo

Um novo levantamento, que ainda está em fase conclusão, realizado pelo pesquisador Leonardo Bastos, do Programa de Processos de Dados (Procc/Fiocruz), aponta que o estado do Rio vive o pior momento de internações por complicações respiratórias de crianças entre 0 e 9 anos. O estudo, no entanto, destaca que o motivo da internação não é necessariamente a Covid-19, ou seja, a causa pode ser outra condição respiratória.

A pesquisa aponta que, a partir do momento que a criança é diagnosticada com Covid-19, outras infecções vem sendo descartadas. Por conta disso, em muitos casos, o que causa a internação não é, necessariamente, o coronavírus e sim uma condição respiratória não testada que costuma circular no período de inverno. Esse fenômeno é chamado de “infecção cruzada”.

Ao jornal “O Dia”, o pesquisador afirmou que esse dado pode sim estar associado com outras doenças respiratórias: “Os dados apresentados mostram um aumento das hospitalizações com confirmação da Covid. Nesse caso, uma hipótese seria que as crianças com Covid se hospitalizem por outras causas e por acaso também estão infectadas com o SARS-CoV-2. Infelizmente os dados no formato que temos não nos permite saber quantos casos hospitalizados com covid-19 tinham outra infecção“.

Ele explicou que ainda não existem evidências da sazonalidade da Covid, mas que é possível observar que, as hospitalizações aumentaram para as crianças de 0 a 9 anos, mas esse movimento não aconteceu para o grupo de 10 a 19 anos. Ainda segundo ele esse aumento observado nas hospitalizações não se reflete nos óbitos, que segue em um patamar baixo.

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A pesquisa salienta que o Vírus Sincicial (VSR) pode causar problemas graves (com necessidade de internação) em bebês e crianças pequenas e está com circulação relevante em todo o país. No entanto, segundo Bastos, no Rio de Janeiro não se sabe como está a co-detecção por conta dessa logística que privilegia o teste de Covid-19.

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