Estudo da Firjan mostra como a pandemia impactou a indústria criativa

O levantamento reflete as transformações da nova economia, caracterizada por novos modelos de negócio, hábitos de consumo e relações

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Imagem apenas ilustrativa | Vista aérea do Largo da Carioca, no centro do Rio de Janeiro - RJ | Foto: Rafa Pereira - Diário do Rio

Elaborado pela Firjan, o Mapeamento da Indústria Criativa analisa o setor entre 2017 e 2020 e mostra que o número de profissionais criativos, apesar da crise, cresceu 11,7% em relação a 2017. O levantamento reflete as transformações da nova economia, caracterizada por novos modelos de negócio, hábitos de consumo e relações e tem como fonte principal o Ministério do Trabalho e Previdência. O estudo completo foi lançado nesta terça-feira (05/07), junto com o novo Centro de Referência em Cinema e Audiovisual da Firjan SENAI SESI, em Laranjeiras.

A Firjan divide o Mapeamento em quatro áreas criativas – Tecnologia, Consumo, Mídia e Cultura -, e considera os dados do mercado de trabalho formal. Conforme o estudo, Consumo e Tecnologia representam mais de 85% dos vínculos empregatícios. O crescimento foi robusto, com taxas de expansão de 20,0% 12,8%, respectivamente, um reflexo direto da expansão da tecnologia na pandemia e da necessidade da transformação digital de empresas de todos os segmentos para aumento de eficiência.

Já Cultura e Mídia, os 15% restantes, registraram uma queda considerável de -7,2% e -10,7%. Conforme Leonardo Edde, vice-presidente da Firjan, a contração das vagas no setor de Mídia é de caráter estrutural, consequente de inovações tecnológicas que alteraram a forma como os agentes produzem, disseminam e consomem o conteúdo.

As produções criativas nos ajudaram a encarar os dias difíceis de pandemia e a manter a saúde mental no isolamento. O problema é que nós apenas consumimos, mas não geramos mais dessa riqueza em razão do isolamento e de outras barreiras físicas geradas pela pandemia. Ou seja: aumentou o consumo e caiu a produção cultural”, analisa Edde. 

Firjan inaugura Centro de referência no setor audiovisual

A divulgação da sétima edição Mapeamento da Indústria Criativa acontece junto com um importante momento para o setor audiovisual do Rio de Janeiro: o lançamento da Escola Firjan SENAI SESI Laranjeiras.

Centro de referência no setor de audiovisual do estado do Rio – e único no país ao aliar o Ensino Médio -, a escola oferece cursos técnicos como Produção de Áudio e Vídeo, Desenvolvedor de Conteúdo de YouTube, Computação Gráfica, entre outros. A estrutura ainda vai contar com laboratórios de figurino, captura de movimento, colorimetria, workstation e até mesmo com um Fab Lab (laboratório de fabricação digital), onde os alunos poderão produzir em impressoras 3D e máquinas de corte a laser os cenários para aprender as técnicas do audiovisual.  

Rio garante a maior participação no PIB criativo

São Paulo e Rio de Janeiro seguem como os estados mais representativos no mercado de trabalho criativo em 2020 com 50,9% dos empregos. Até 2020, havia cerca de 380,4 mil vínculos em SP e, no RJ, 95,7 mil.

Diferente da última edição, porém, o PIB criativo no PIB estadual do Rio de Janeiro  (4,62%) passou o de São Paulo (4,41%), seguido do Distrito Federal (3,07%).

“O destaque fluminense no período é fruto de dois movimentos que ocorrem concomitantemente: ao mesmo tempo em que o período é marcado por uma redução do PIB do estado, o valor gerado pela indústria criativa fluminense cresce nos últimos anos, o que faz com que o Rio tenha a maior participação do PIB Criativo no PIB do estado”, complementa Julia Zardo, gerente de ambientes de inovação da Firjan.

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