Testemunha de acusação contra o vereador Gabriel Monteiro, a ex-assessora Luísa Caroline denunciou ter sido constrangida pelos advogados de Monteiro, Pedro Henrique dos Santos e Sandro Figueiredo, durante o depoimento. Ela esteve na Câmara Municipal nesta terça-feira (31/05) para depor.
“Infelizmente, foi uma coisa horrível”, lamentou a ex-assessora na saída da sala da presidência. Ela contou também ter recebido ameaças de morte pelas redes sociais.
O presidente do Conselho, Alexandre Isquierdo, negou que a testemunha tivesse sofrido constrangimento durante o depoimento, mas o vereador Wellington Dias, que integra o conselho, confirmou a denúncia de Luísa: “chamou atenção que, em momento algum, os advogados defenderam ou falaram algo que pudesse nos ajudar a chegar a um juízo. O tempo todo acusaram e constrangeram as testemunhas”, disse Dias.
Do lado de fora da sala de depoimentos, Monteiro chegou ao hall da Câmara e convocou a imprensa para uma coletiva em que acusou seus ex-assessores com o que chamou de “máfia do reboque”. Ele também negou que tenha qualquer participação na morte do ex-assessor Vinícius Hayden.
“Não há qualquer indício de interferência minha. Até o delegado disse que foi acidente”, frisou Monteiro.
No depoimento, Luiza relatou vários casos de assédio moral e sexual. A Polícia Civil encaminhou os primeiros dados apurados no inquérito contra Monteiro. A vereadora Teresa Bergher, presidente da Comissão de Direitos Humanos, lamentou que Vinícius Hayden não tenha tido tempo de oficializar o pedido de segurança a Câmara: “ele chegou a ligar para o meu gabinete, na sexta-feira, provavelmente antes de viajar. Acho muito importante que as testemunhas tenham reforço na segurança, principalmente as que se dizem ameaçadas”.
Eu gostaria muito de saber como esses marginais da política são eleitos. E são muitos. Em todos os níveis. Credo.