Ex-moradores de rua se tornam floristas e sonham com vida nova

Pelo VoluntaRIO, empresária do ramo ofereceu o curso para os que têm a dura experiência de ter morado nas ruas do Rio

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Foto: Divulgação

Onze moradores da URS Haroldo Costa, na Taquara, receberam o certificado de “floristas” e estão prontos para ingressar no mercado de trabalho. O curso foi oferecido pela empresária Márcia Dytz, da floricultura Sun Flower, no Barra Garden, através da plataforma digital VoluntaRIO (https://prefeitura.rio/voluntario). Nessa parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, o objetivo é qualificar pessoas que viveram nas ruas, e hoje estão em abrigos da Prefeitura, para que possam voltar ao mercado de trabalho e retomarem suas vidas.

“Com a sociedade civil participando do trabalho mais importante da Assistência Social, que é a reinserção social, temos certeza de que avançaremos muito mais”, agradeceu a secretária municipal de Assistência Social, Laura Carneiro.

A parceria, batizada de Projeto Estufa, surgiu da ideia de Márcia Dytz de criar uma turma de qualificação na área da floricultura, desde a compra da matéria-prima até a entrega do produto final. Atuante na área há 27 anos, a empresária afirma que há uma carência muito grande de trabalhadores e ao mesmo tempo, muitas pessoas com potencial, mas sem acesso à qualificação pela ausência de cursos gratuitos ou de baixo custo.

“A oportunidade de ministrar esse curso só para homens, todos em situação de vulnerabilidade e poder vê-los receber essa certificação, foi muito gratificante. Uma rede de apoiadores se juntou a mim e comprou a minha ideia. Muitos já gostariam de ajudar e não sabiam por onde começar, mas viram no Projeto Estufa a oportunidade de praticar o seu lado social”, disse Márcia. A ONG Recomeçar também está na parceria.

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O professor de boxe Valdir da Costa, 37 anos, está desempregado desde o começo da pandemia e por esse motivo, foi morar na rua. Atualmente, está no abrigo Haroldo Costa e lá, teve a oportunidade de realizar o curso de florista e não pensou duas vezes: “É o começo de um recomeço! Estou maravilhado e com muita esperança de conseguir um emprego e, principalmente, recuperar minha dignidade”.

“A Assistência Social busca legitimar a autonomia do usuário vulnerável. E, diante de tantas questões, percebemos que muitos são levados às ruas por falta de oportunidade. Esse tipo de chance é o caminho para resultados cada vez mais positivos e rápidos na vida dessas pessoas”, afirmou o coordenador técnico de Programas Para a População em Situação de Rua, Valnei da Fonseca.

O Projeto Estufa pretende dar início a uma nova turma de alunos e, dessa vez, com o público-alvo de mulheres. A iniciativa está aceitando doações em dinheiro, materiais para aulas, contribuição com alimentos ou ainda com trabalho voluntário. Para maiores informações, entrar em contato através do Instagram @projeto.estufa.

Na plataforma VoluntaRIO, qualquer pessoa pode colaborar com os trabalhos da Assistência Social que, este ano, já atendeu quase 1 milhão de pessoas vulneráveis em todo o Rio.  

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