Fabiana Bentes: Juscelino para Governador!

Colunista do DIÁRIO DO RIO imagina uma proposta para o Governo do RJ que se assemelhasse ao plano de metas de Juscelino Kubitschek

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Imagem meramente ilustrativa do Palácio Guanabara, sede do Governo do RJ - Foto: Reprodução/GloboNews

Quando foi que você parou para ler o plano de governo do seu candidato? E mais, quando foi que você parou para exigir o cumprimento do plano de Governo do seu candidato? Agora, imagine uma proposta para o Governo do Rio de Janeiro em que se assemelhasse ao plano de metas de Juscelino Kubitschek de 50 anos em cinco, fazendo referência a necessidade de acelerar o desenvolvimento do Brasil em razão da perda de competitividade frente aos outros países?

Se estávamos perdendo competitividade frente aos outros países, pense o que diria Juscelino sobre o Rio de Janeiro, que padece da perda de competitividade frente aos outros estados brasileiros… Pois bem, o Estado do Rio de Janeiro perdeu seis posições e despencou para a 17ª colocação geral do Ranking de Competitividade dos Estados 2021, segundo o Centro de Liderança Pública (CLP). Agora, vê se faz sentido a gente comer poeira sendo o segundo Estado mais rico do país?

Há algo de muito errado por aqui! Ano a ano chancelemos que somos, na verdade, o Estado dos 50 anos de atraso em cinco. Não houve Jogos Olímpicos, Cedae, Royalties, Turismo que salvasse! Considerações políticas a parte sobre a era JK, vamos ser pragmáticos. Precisamos de um plano de metas audacioso! E qualquer projeto, seja de governo ou não, que deseja ser bem-sucedido, precisa do diagnostico da situação, de um planejamento que conste um cronograma físico financeiro, mapeamento de competências, acompanhamento de execução, controle nos gastos, métricas de impacto e de resultado e novos investimentos. Sejamos francos, quando é que o Rio de Janeiro teve algum plano de Governo com estas características, e que, mês a mês, foi respaldado por cumprir as etapas de forma adequada em prazo e custo financeiro? Aproveitando… poderíamos começar a ter esperanças em uma das etapas, por exemplo na mais difícil no RJ que é o controle de gastos, e garantir a isonomia salarial dos auditores do estado e do tribunal de contas, regulamentando a lei 9497/21, que necessita de independência para garantir que o trabalho não esteja vulnerável a pressões políticas. Que tal valorizar cerca de 265 auditores do Estado e regulamentar a lei? O prazo está acabando!

Voltando ao plano de metas. Até quando vamos continuar descendo ladeira abaixo com este investimento pífio em infraestrutura, em educação, saúde e transporte?  Será que não conseguimos constatar que há uma destruição em curso sobre a vida do cidadão fluminense? Qual é a origem dessa tragédia socioeconômica anunciada e vista a olhos nas cidades, nos transportes, no emprego, na educação, na saúde, na segurança?

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Independente de teorias, percepções políticas da era JK precisamos resgatar duas coisas na política: a honra do cargo público e o amor à população. E chegou a hora que precisamos começar a prestar atenção em quem almeja o nosso voto. 

Pense na capacidade de gestão, em como este indivíduo vai de fato te representar durante o mandato. Extirpe das suas potenciais escolhas aquele que você já votou e que não cumpriu as promessas, ou que quer te dar quaisquer que sejam os favores em troca do seu voto. Pense se este indivíduo é apenas uma pessoa famosa, ou se é um sujeito de propostas reais. Busque conhecer a vida pregressa dessa pessoa, e veja se você de fato concorda com a vida que ela sempre levou e não a que ela conta em dois minutos na TV na propaganda eleitoral.  Apenas pessoas que de fato honram o cargo público é que devem merecer seu voto. 

E sobre o amor a população. Ah! Isso brilha nos olhos, transcende a alma e inunda de esperança o coração. Creio que isto é o mais fácil para você identificar.

Não temos um Juscelino para chamar de nosso, nem o culpe pela mudança da capital. Na verdade, urge amadurecermos politicamente e enfrentarmos as responsabilidades do nosso voto. Precisamos de um plano de metas. Precisamos ler os planos de governo. Afinal, quem gosta do atraso, do jeitinho, da negociata e dos governantes presos, afastados ou investigados? 

Vote em Juscelino para Governador! Quem dera…

#RegulamentaCGE

Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.

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Jornalista, pós-graduada em Relações Internacionais pela PUC/RJ, com MBA Executivo pela Fundação Dom Cabral. Foi Secretária de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro; Consultora/Diretora de Projetos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) / Ex-Conselheira de Segurança Pública do Estado do RJ / Foi vice-presidente dos Conselhos de Segurança Pública e Esportes da Associação Comercial do Rio de Janeiro / Preside a organização do terceiro setor Sou do Esporte e o coletivo Logística Solidária.
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3 COMENTÁRIOS

  1. Juscelino foi o pior presidente do Brasil. Por um comparativo da época e um caixa gordo, ganhou essa imagem. Porém, foi ele quem jogou o país num limbo econômico que ajudou a eleger um populista louco que renunciou e fez os milicos entrarem no poder.

    Tudo o que vivemos depois teve origem no Juscelino. Os militares pioraram a situação ainda mais. O que só foi “”””resolvido”””” com o plano real… ou não.

    Se o Rio tiver um Juscelino, aí é o fim mesmo. E estou falando do RJ, não apenas da zona sul.

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