Uma fábrica clandestina de gelo foi interditada nesta terça-feira (21) em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. O local, que funcionava em condições insalubres e sem licença ambiental, era controlado por milicianos que obrigavam comerciantes da região a comprar gelo no estabelecimento.
A operação foi realizada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), com apoio da Polícia Militar, Polícia Civil e concessionárias de água e saneamento. A fábrica tinha capacidade para produzir de 3.500 a 4.000 sacos de gelo por dia.
Riscos à saúde e ao meio ambiente:
Além de operar sem licença, a fábrica utilizava um poço irregular para captar água e apresentava risco de contaminação por vazamento de amônia. O Ministério Público do Trabalho foi acionado devido às condições precárias do local.
” Estamos intensificando operações deste tipo agora no verão, onde há uma demanda maior por este produto que, produzido de forma ilegal, pode colocar em risco não somente o meio ambiente, mas também a saúde da população fluminense “, afirmou Bernardo Rossi, secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade.
Prisão e multas:
Oito pessoas trabalhavam na fábrica no momento da interdição. O gerente foi detido e encaminhado à delegacia para prestar esclarecimentos. As multas podem chegar a R$ 60 mil.
A população pode denunciar crimes ambientais pelo Linha Verde, através dos telefones 0300 253 1177 (interior) e 2253-1177 (capital), ou pelo aplicativo Disque Denúncia Rio.