Passando por um total processo de revitalização, o Mercadinho São José, localizado da Rua das Laranjeiras, na Zona Sul carioca, amanheceu a segunda-feira (28), com a sua fachada vandalizada.
Quem passava pela rua e via boa parte da estrutura restaurada não poderia imaginar que os vidros da edificação pudessem ser pichados em toda a sua extensão.
Com abertura prevista para julho deste ano, Mercadinho foi comprado pela Prefeitura, que deu prioridade à reforma do interior da unidade para depois passar para a parte externa, praticamente finalizada. No terreno vizinho, também adquirido pela administração municipal, está sendo construído um anexo.
A gestão do espaço ficará a cargo do consórcio corporativo Junta Local e Engeprat, estruturado pela Konek Transformação Imobiliária, que terá responsabilidade administrativa de 25 anos.
O ponto, que estava fechado desde 2018, já foi considerado uma referência de boemia no Rio de Janeiro. Tombado em 1994, o prédio foi comprado pela prefeitura em 2023, assim como terreno ao lado, por R$ 3 milhões.
Na ocasião, a transação foi negociada entre Eduardo Paes (PSD) e por Carlos Lupi (PDT), atual ministro da Previdência Social, já que o imóvel estava sob a posse do INSS e passou por muitos percalços até ser retomado judicialmente.
À frente do projeto está o renomado escritório de arquitetura Idipi, que aposta na sinergia entre modernidade e a preservação do patrimônio histórico na reconfiguração do São José.
O mercado terá 18 espaços para expositores, com uma área coberta no térreo e equipada com ar-condicionado, além de um novo terraço.
O projeto de revitalização prevê a preservação da fonte tombada, que permanece no mesmo local, e a recuperação da fachada do prédio, pintada de amarelo, seu tom original.
Como na Junta Local, na programação devem constar feiras temáticas de queijos, fermentados, vinhos naturais, comida vegana e de refugiados; além de shows de jazz, samba e chorinho, em parceria com organizações e músicos locais.
O novo Mercadinho também terá quatro grandes espaços destinados a bares e restaurantes — as marcas já foram fechadas, mas a divulgação está sob sigilo.