Falsas videntes que atuam na Zona Sul do Rio são investigadas por estelionato e extorsão

Grupo exigia depósitos de valores altos para fazer "trabalhos espirituais"

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Diana Rosa Aparecida Stanesco Vuletic | Foto: Reprodução

Uma organização criminosa está sendo investigada por o que chamam de “engodo espiritual”, com o único objetivo de obter vantagem econômica, mediante as práticas de extorsões e estelionatos. Trata-se de um grupo que exigia depósitos para fazer “trabalhos espirituais”. A informação foi publicada pelo jornal “O Globo”.

Na publicação do jornal, uma moradora de Ipanema, relata que procurou um site que oferecia “trabalhos espirituais” e que pela página, Samantha Lhuba Vuletic Gaichi, que se identifica como Mãe Sofia, e Marcelo Vacite, que se apresenta como Pai Luiz, avisaram que havia sido feito um “trabalho” contra a moça, sendo necessária então uma “limpeza espiritual”, serviço oferecido pela dupla por R$ 14 mil.

A partir de então, Mãe Sofia e Pai Luiz passaram a exigir novos depósitos para que o “trabalho” não voltasse e a “limpeza” perdurasse. O prejuízo total foi de exatos R$ 327.805,83.

De acordo com investigações das polícias civis de São Paulo e do Rio, Samantha e Marcelo fazem parte de uma organização criminosa que atua de forma estruturalmente ordenada. No inquérito da 13ª DP (Ipanema), foram indiciados também Tabata Stanesco, Tiago Nicolitch Petrovich, Tiago Marcicano Elias, Rafael Marcicano Elias e Marcelo Marcicano Elias. Os dois primeiros forneceram suas contas para receber os valores repassados pela mulher; os três últimos ficaram responsáveis pelas cobranças.

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O grupo seria ligado também a Diana Rosa Aparecida Stanesco Vuletic, de 37 anos, presa em flagrante no último dia 1º de abril, na Rua Joana Angélica, em Ipanema. Indiciada por extorquir uma dona de casa, de 24 anos, ela a teria atraído, após uma breve conversa, com a promessa de uma consulta gratuita em seu escritório, em um edifício na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, no bairro vizinho. Durante o atendimento, porém, foram cobrados R$ 4.300 com o pretexto da realização de uma “cirurgia espiritual” para desfazer o “ritual macabro” que teria sido praticado contra ela.

No Registro de Vida Pregressa de Diana, há 20 anotações por diversos crimes, entre eles, outros casos de estelionato, extorsão, ameaça, falsidade ideológica, lesão corporal, injúria por preconceito e até maus-tratos, cárcere privado e estupro.

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